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Caso-Sócrates: Mulher do advogado fala no Twitter sobre os interrogatórios

twitter socrates alda A mulher de João Araújo, advogado de José Sócrates, fez um comentário no Twitter sobre os interrogatórios a José Sócrates, feitos pelo juiz Carlos Alexandre. Alda Magalhães Telles escreveu que “durante todo o interrogatório os arguidos não foram nunca confrontados com um único facto concreto de corrupção”.

Os jornalistas tentaram obter, junto do advogado João Araújo (que defende o ex-primeiro-ministro) informação sobre o que se passou no interior do Tribunal Central de Instrução Criminal, nos interrogatórios feitos a José Sócrates pelo juiz Carlos Alexandre.

Ora, essa informação não foi facultada, por estar em segredo de justiça. Mas a mulher do advogado de Sócrates teceu considerações sobre o caso, no Twitter, revelando que os arguidos “nunca confrontados com um único facto concreto de corrupção”.

“Curioso, durante todo o interrogatório os arguidos não foram nunca confrontados com um único facto concreto de corrupção”, escreveu Alda Telles, naquela rede social.

A consultora sustenta ainda que um crime de branqueamento de capitais (um dos que estão a ser investigados) leva a que haja outro crime “a montante”.

Ora, sem crime a montante, por exemplo, corrupção, não há branqueamento de capitais”, defende ainda a mulher de João Araújo, ontem à noite.

Alda Telles aponta ainda que “o fundamento deve ser o risco sistémico de José Sócrates”.

Recorde-se que o ex-primeiro-ministro José Sócrates foi detido na sexta-feira, no Aeroporto de Lisboa, vindo de França. Foi transportado para o Departamento Central de Investigação Central, de onde sai poucas horas depois.

Sob detenção, regressa no dia seguinte ao tribunal, onde começou uma maratona de interrogatórios, acompanhada de buscas na sua residência, na Rua Castilho.

Segue depois para o Tribunal Central de Instrução Criminal, sob escolta da polícia e com populares a manifestarem-se contra José Sócrates.

Passa todas as noites numa cela da Polícia de Segurança Pública de Lisboa. A ‘Operação Marquês’ prossegue, com mais interrogatórios que se prolongam durante o fim de semana.

Na segunda-feira, depois das 22h00, cerca de quatro dias depois da detenção no aeroporto, são divulgadas as medidas de coação a que fica sujeito: prisão preventiva.

O juiz Carlos Alexandre optou pela medida de coação mais gravosa. Sócrates é indiciado por fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais.

Também o motorista de Sócrates, João Perna, e o empresário Carlos Santos Silva ficam em prisão preventiva. Já o advogado Gonçalo Trindade Ferreira, o quarto arguido deste processo, fica sujeito a apresentações periódicas às autoridades e proibido de viajar para o estrangeiro.

João Araújo, advogado de José Sócrates, fez saber que iria recorrer, caso o seu constituinte não lhe desse instruções em contrário.

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