Após semanas sem reagir às provocações da oposição, Rui Moreira aproveitou o debate entre os candidatos à Câmara do Porto para criticar o aproveitamento de uma queixa já arquivada pela justiça. “O caso Selminho não está encerrado porque convém a estes senhores fazerem uma campanha suja”, frisou.
Foi o candidato do BE que puxou o caso Selminho para o debate, deixa que os restantes aproveitaram para isolar Rui Moreira. Mas o presidente da Câmara do Porto, mesmo sem esconder o desconforto, tratou de encerrar o assunto lembrando que a queixa foi arquivada pelo Ministério Público.
“O caso Selminho não está encerrado porque convém a estes senhores fazerem uma campanha suja”, afirmou o presidente da Câmara do Porto e candidato (independente, mas com o apoio do CDS) ao segundo mandato.
O ataque partiu de Teixeira Lopes, mas todos os outros grandes candidatos (PS, PSD e CDU) não demoraram a aproveitar a deixa. Até Manuel Pizarro, vice-presidente da Câmara durante três anos e meio.
“Irei promover todas as diligências para que seja reconhecido que o terreno é da Câmara do Porto”, afirmou o candidato socialista, levando logo troco de Rui Moreira: “E foi isso que a Câmara fez, coisa que nunca tinha feito nos 12 anos em que o dr. Rui Rio foi presidente”.
Com esta resposta, o atual presidente da Câmara do Porto lembrou as responsabilidades que a autarquia não assumiu nos 12 anos de mandato do PSD, ‘picando’ Álvaro Almeida, que antes o provocara.
“É muito pouco ético que um candidato que tem um diferendo com a Câmara do Porto se apresente sem revelar que esse diferendo existe”, tinha dito o candidato social-democrata.
Ilda Figueiredo até foi a candidata mais ‘sóbria’ na discussão do caso Selminho, apesar de ter sido a CDU a apresentar queixa na justiça.
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