Economia

Caso Scolari: PGR ‘convoca’ quatro países para inquérito sobre evasão fiscal

scolari 210scolariA Procuradoria-Geral da República confirma que está a investigar Luiz Felipe Scolari por eventual evasão fiscal e revela o ‘banco de suplentes’ no âmbito do inquérito: foi pedida a colaboração de quatro países, nomeadamente Holanda, Reino Unido, Brasil e EUA.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou, hoje, a notícia divulgada pelo jornal brasileiro A Folha de São Paulo: Luiz Felipe Scolari, o selecionador do Brasil, está a ser investigado a uma alegada evasão fiscal datada do período em que orientou a Seleção Portuguesa.

Uma fonte que a agência Lusa cita como oficial da PGR confirmou que existem mesmo investigações para apurar se, entre 2003 e 2008, o ‘sargentão’ recebeu mais de sete milhões de euros referentes a direitos de imagem, os quais (a ser verdade) não foram declarados ao fisco.

Mas a mesma fonte revela um pormenor: foi pedida ajuda formal a quatro países. A Folha já tinha adiantado que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) pedira ajuda aos EUA, enquanto a PGR esclarece que, para além da justiça norte-americana, foi pedido auxílio a Holanda, Reino Unido e Brasil.

O caso foi revelado pelo site www.offshorealert.com, que se autointitula como especializado em reportagens sobre fraudes fiscais, e explorado por um jornal económico holandês, o Het Financieele Dagblad.

Foram estas fontes que permitiram à Folha de São Paulo avançar que, no entender do DCIAP, os direitos de imagem de Scolari renderam 7.425.438,59 euros, um valor que, na maioria, foi pago à empresa Chaterella Investors Limited, que transferiu a verba para uma conta do Credit Lionnays em Miami, nos EUA.

Uma parte menor foi creditada à Flamboyant Sports, que detém os direitos de imagem do ‘sargentão’, no âmbito do contrato assinado com a Nike. Esta empresa tem sede na Holanda e escritório nas Bahamas.

Scolari diz-se tranquilo. “Eu fiz todas as minhas declarações correctamente”, afirmou, quando questionado pelo jornal brasileiro.

“Em todos os países que trabalhei, sempre declarei os meus rendimentos. Tenho absoluta convicção da correção das minhas declarações. Se há algo errado, não é comigo. Que a Justiça apure todos os factos”, acrescentou o selecionador brasileiro.

A Folha de São Paulo refere ainda que, se Scolari for considerado culpado de evasão fiscal e lavagem de dinheiro, a pena máxima pode atingir os 17 anos de prisão.

Em destaque

Subir