Caso Raríssimas mostra “confusão” entre responsáveis políticos e de IPSS, diz Catarina Martins
A coordenadora do Bloco de Esquerda afirmou, este domingo, que o caso Raríssimas “mostra como no mundo das IPSS (..) há, como noutros setores, uma enorme confusão, muitas vezes entre responsáveis políticos e os responsáveis das IPSS”. Catarina Martins espera também ver esclarecidas todas as dúvidas sobre o envolvimento de Vieira da Silva neste caso.
À margem de uma visita à Estação Piloto de Piscicultura de Olhão (EPPO), no Algarve, a líder do BE disse que o caso Raríssimas “mostra como no mundo das IPSS (..) há, como noutros setores, uma enorme confusão, muitas vezes entre responsáveis políticos e os responsáveis das IPSS”.
Para Catarina Martins, é “mau para a democracia” que haja responsáveis “dos vários partidos que têm alternado no Governo a ocuparem sistematicamente” funções de responsabilidade em instituições daquela natureza.
A deputada notou ainda que o caso é, por si só, “preocupante”, mas conhece novos contornos quando envolve figuras ligadas ao Governo.
“Acho que não se deve confundir aquilo que é a expressão de uma associação das pessoas num determinado setor com, depois, a sua capacidade de influenciarem o poder político”, admitiu.
No entender da coordenadora do BE, ainda “não se percebeu muito bem o que aconteceu” ou “como foi possível ter acontecido”, mas sublinhou que deseja ver esclarecida toda a envolvência de Vieira da Silva neste caso, bem como quais os procedimentos do Governo para “investigar” o assunto.
“O ministro Vieira da Silva também terá esclarecimentos a prestar, não ao Bloco de Esquerda, mas a todo o país, sobre a sua participação, o seu envolvimento e o conhecimento que tinha do que se passou na Raríssimas, ou não tinha”, destacou.
Catarina Martins alertou, por fim, para a necessidade de transparência das IPSS e lembrou que o partido tem um projeto para aumentar o número de inspetores da Segurança Social, um debate que tem sido sucessivamente adiado pelos outros partidos.