O Ministério Público antecipou-se aos deputados e marcou para amanhã de manhã o interrogatório a Manuel Pinho, o ex-ministro que chegou a ser arguido no caso EDP e que amanhã à tarde se vai explicar no Parlamento.
A audição de Manuel Pinho, na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, está marcada para as 15h00 de amanhã.
No entanto, os procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto querem interrogar o antigo ministro da Economia do Governo de José Sócrates e notificaram Manuel Pinho a comparecer pelas 10h00 de amanhã no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Ricardo Sá Fernandes, o advogado do ex-ministro, explicou ao Observador que o cliente tinha proposto aos procuradores “ser ouvido no dia 18 ou 19 de julho”, dado que o Parlamento tinha marcado a audição para dia 17 (amanhã).
“Infelizmente, os senhores procuradores não entenderam assim”, acrescentou.
Manuel Pinho, que chega esta tarde a Portugal, vai ser interrogado pela segunda vez no âmbito do caso EDP, depois do juiz de instrução criminal Ivo Rosa ter declarado nulo o primeiro interrogatório, realizado em julho do ano passaod.
Na sequência do recurso interposto por Ricardo Sá Fernandes, o juiz deliberou também pela anulação da constituição de arguido.
O ex-ministro era arguido por suspeita das práticas dos crimes de crimes de corrupção passiva e participação económica em negócio.
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