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Caso do médico do INEM é “inaceitável” e “intolerável”, diz Francisco George

Francisco George, antigo diretor-geral da Saúde, vê como “inaceitável” o caso de António Peças, médico do INEM que se terá recusado transportar doentes por via aérea. De resto, à data de duas ocorrências agora tornadas públicas, George era o responsável pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pede que o caso tenha “consequências a todos os níveis”.

À TSF, Francisco George diz ser “absolutamente inaceitável” e “intolerável” aquilo que se tem sabido e que envolve o nome do médico António Peças.

O antigo responsável pela DGS está preocupado com a confiança que os portugueses têm no INEM.

“Isso é absolutamente essencial para que todos os portugueses e portuguesas tenham confiança nos serviços do INEM que, como se sabe, são absolutamente indispensáveis.”

Pelos menos em dois dos casos agora tornados públicos, Francisco George ainda era, à data, o diretor-geral da Saúde e entende que, se o que tem vindo a público, se confirmar, “o presidente do INEM e a sua direção, bem como as autoridades do ministério da Saúde”, terão de “tomar medidas de correção e disciplinares sobre o assunto”.

O atual responsável pela Cruz Vermelha portuguesa sustenta que “a ser verdade o que é relatado – como tudo indica – é uma situação absolutamente inaceitável, intolerável e que tem de ter consequências a todos os níveis”.

António Peças, médico cirurgião do Hospital de Évora e clínico no INEM, tem sido criticado por alegadamente ter recusado o transporte por meio aéreo de uma vítima por estar numa tourada, em outubro do ano passado.

Também foram conhecidos, entretanto, mais casos de alegada resistência de António Peças a fazer o transporte no heli do INEM, sendo um dos casos respeitante a um homem de 82 anos, que tinha dado entrada no Hospital de Évora com um AVC.

No outro caso, a vítima, uma mulher de 37 anos, acabaria mesmo por morrer, vítima de um aneurisma.

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