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Caso do Meco arquivado, famílias das vítimas não se conformam

praxeDepois de o Ministério Público (MP) ter arquivado o caso da morte dos seis jovens no Meco, os familiares manifestam-se inconformados e prometem recorrer da decisão. António Soares, pai de uma das vítimas, é a voz da revolta suscitada pelo arquivamento. “Nós vamos recorrer”, diz, em declarações à Lusa.

O MP de Almada decidiu arquivar o inquérito à morte de seis jovens que morreram na praia do Meco, considerando que a tragédia – que ocorreu a 15 de dezembro do ano passado – se deveu a um acidente e não a qualquer prática de praxe, segundo o Diário de Notícias.

A investigação realizada pelo MP conclui que “não houve indícios de atos criminais”. Deste modo, o único sobrevivente, o dux João Miguel Gouveia, não pode ser responsabilizado criminalmente.

A reação dos familiares das vítimas não se fez esperar e, em declarações à agência Lusa, António Soares, pai de Catarina Soares, mostra-se revoltado.

“Surpresa não foi. Já devia ter sido há mais tempo, mas nós [pais] avançámos com um processo contra João Gouveia e terceiros. Nós vamos recorrer”, afirmou.

Apesar desta decisão do Ministério Público, há inúmeras perguntas que permanecem sem resposta, no caso da morte dos estudantes.

Desde logo o número de pessoas que estariam na praia do Meco, onde sete estudantes (as seis vítimas e o dux) tinham alugado uma casa, para um fim de semana.

Naquela noite, os jovens foram até à praia e seis deles acabaram por morrer afogados, depois de colhidos por uma onda. João Miguel Gouveia foi o único sobrevivente e foi a pessoa que pediu auxílio.

As famílias continuam sem saber se as mortes resultaram de um descuido, ou de práticas de praxe. Mas continuam a acreditar nesta segunda versão dos acontecimentos.

As investigações prosseguiram e a PJ a inquiriu as famílias e o dux. Também a Universidade Lusófona de Lisboa levou a cabo um inquérito ao que ocorreu naquela noite fatídica.

A decisão do MP de Almada, agora conhecida, não é um ponto final neste processo, que promete continuar com o recurso das famílias.

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