Casa onde o escritor português José Saramago residia, em Lanzarote, acabou transformada em museu e foi inaugurada sem as presenças das ministras da Cultura de Portugal e Espanha.

A residência de José Saramago, inspiração para algumas das suas obras, está convertida em museu, com um espólio de enorme valor, que se abre agora ao mundo.

A viúva do prémio Nobel, Pilar del Río, mostrou ao público o interior das quatro paredes onde Saramago residiu nos últimos 18 anos da sua vida.

“Não poderia guardar este tesouro”, afirmou Pilar. “É extremamente grande para uma só pessoa, guarda coisas belas, memórias, nobreza”, acrescentou, na inauguração do espaço.

Com palavras quentes e sentimentos frios, Pilar Del Río misturou as emoções e caminhou pelas memórias de Saramago, agora expostas, como um quadro numa parede, como as letras de um romance.

A casa de Saramago é uma jangada de pedra que parte pelo rio, viaja sem se mexer, viaja com as recordações de quem testemunha o recanto de um homem eterno. Tão eterno como a sua obra.