A carta, hoje publicada pela Visão, surge depois da estudante ter finalizado o secundário com uma média de 17,8, insuficiente – por três décimas – para conseguir uma vaga num curso de Medicina.
A alternativa é estudar no estrangeiro (em Espanha), assumiu Maria Barros, numa carta em que questiona Marcelo sobre o “injusto” sistema de acesso ao ensino superior: “Por muito difícil que seja, se o meu país não me concede a oportunidade de me formar onde nasci e onde pertenço, vou ter de pertencer a outro lado”.
Uma alternativa que tem custos para o país, como lembrou a aluna: “Eu perco, a minha família também. Mas Portugal também perde. E é por isso que lhe escrevo. Em nome de todos nós. Dos que não entraram por 5,4,3,2,1, 0,5 décimas. De todos os que dariam excelentes médicos de que o país precisa. Podíamos ter o melhor Sistema Nacional de Saúde do mundo. Mas há que mudar”.
“Há falta de médicos, mas as médias de entrada são desumanamente altas, pois as vagas são escassas”, continuou Maria Barros, deixando uma questão ao Presidente da República: “Os futuros médicos partem para outros países, como Espanha, formam-se e por lá ficam. E Portugal contrata médicos estrangeiros para colmatar o défice de profissionais que tem?”
“Não me quero ir embora”, concluiu a autora de uma carta a Marcelo que já se tornou viral.
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