O primeiro carro elétrico português, o Veeco, deve começar a ser produzido já em 2016. Essa é a expetativa dos responsáveis por um projeto que quer aproveitar a onda do escândalo Volkswagen, que levou fabricantes e consumidores a darem mais atenção aos modelos ecológicos.
O Veeco, o primeiro carro elétrico português, deve começar a ser produzido já no primeiro trimestre de 2016.
Desenvolvido em consórcio pela empresa familiar do Entroncamento VE-Veículos Elétricos e pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, o Veeco surge numa altura em que quer os fabricantes, quer os consumidores estão mais atento ao mercado dos veículos ecológicos, devido ao escândalo que envolveu os carros do grupo Volkswagen.
“Ainda não estamos a aceitar encomendas fixas porque estamos a negociar encomendas com os fornecedores, mas tenho interessados para todos os carros que podemos produzir no primeiro ano, cerca de 200”, revelou João Oliveira, o mentor do projeto, citado pelo Jornal de Notícias.
O Veeco, um carro de dois lugares com três rodas, precisa de apenas um euro (ou menos) para percorrer 100 quilómetros, tendo uma autonomia que atinge os 400 quilómetros.
O protótipo, pronto desde 2012, custou cerca de 1,5 milhões de euros, com 900 mil euros a virem de fundos comunitários. Os responsáveis querem agora avançar para a produção industrial do Veeco, “no primeiro trimestre de 2016”, que terá um preço entre os 23 e os 25 mil euros (incluindo as baterias).
Em Portugal, de acordo com os dados do Governo, só 58 pessoas recorreram ao incentivo fiscal (4500 euros) e trocaram um veículo convencional por um elétrico ou híbrido.
Já os dados relativos às vendas indicam que, até maio, saíram 187 carros elétricos e 97 híbridos.
“Ao todo, teremos cerca de mil veículos deste género em Portugal”, salientou a diretora executiva do CEIIA (o cluster da mobilidade), Helena Silva.
O principal problema dos veículos elétricos é o custo dos mesmos: os modelos comercializados por marcas como Volkswagen, Mercedes, Nissan, Renault, Opel e Peugeot custam mais do que 15.500 euros, ao que acresce o aluguer mensal das baterias.
