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Carneiro considera “simplista” dizer que o PS não deve apoiar Marcelo

O secretário-geral-adjunto do PS, José Luís Carneiro, admitiu que o partido poderá apoiar recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa a Belém em detrimento da socialista Ana Gomes.

Procurando desvalorizar as eleições presidenciais de 2021, por entender que é urgente “fazer face a uma das maiores crises sociais e económicas por que o mundo passou”, o ‘braço direito’ de António Costa deu a entender que o PS já escolheu quem vai apoiar na corrida a Belém.

Ao falar no podcast do partido (Política com Palavra), José Luís Carneiro optou por não falar de Ana Gomes, enquanto deixou rasgados elogios à “cooperação” com Marcelo Rebelo de Sousa.

O problema, dentro do PS, é que Marcelo é da direita – chegou mesmo a ser presidente do PSD. Uma visão “simplista”, de acordo com o ‘número dois’ do PS.

“Essas terminologias, dado o modo com têm sido formuladas publicamente, têm sido bastante simplistas, e estão por vezes bastante distantes da realidade, das opções quotidianas. Por vezes, encontramos personalidades que são progressistas nos valores e depois mais conservadores na dinâmica económica”, argumentou.

Sobre Ana Gomes, nem uma palavra. Afinal, a socialista tomou uma decisão de “responsabilidade individual”, afirmou. Já Marcelo foi “essencial” para a governação do PS.

“A boa cooperação institucional que houve com o Presidente da República, tanto no plano da política interna como da política externa, foi essencial para virar a página da austeridade e para garantir a estabilidade do sistema político português”, elogiou José Luís Carneiro.

O secretário-geral-adjunto garantiu que o PS ainda não tomou qualquer decisão sobre as presidenciais, apesar de já haver um total de oito pré-candidaturas anunciadas. O partido só tomará uma posição em outubro, após a reunião da Comissão Nacional.

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