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Carlos Vieira considera suspensão ilegítima e admite tribunais

O ex-vice-presidente do Sporting Carlos Vieira considerou hoje ilegítima a suspensão de dez meses que lhe foi aplicada pela Comissão de Fiscalização do clube e que inviabiliza a sua candidatura à presidência.

“Trata-se de uma decisão injustificada, injusta e inapropriada. É uma deliberação tomada por uma Comissão de Fiscalização nomeada, sem ter a legitimidade do voto dos sócios do Sporting Clube de Portugal”, refere Carlos Vieira.

Num comunicado subscrito também por Rui Caeiro e Luís Gestas, membros do anterior Conselho Diretivo, igualmente suspensos pela CF, e por José Quintela, os signatários entendem que a decisão de quinta-feira cumpre “uma missão persecutória”.

“Parece que houve o intuito de impedir que sócios que muito deram ao clube pudessem cumprir o seu direito legítimo de associados e de se candidatarem ao próximo ato eleitoral de 8 de setembro. No entanto, existem mecanismos legais que podem reverter esta decisão, pelo que iremos estudar com os nossos advogados essa possibilidade”, refere a nota.

O ex-vice-presidente e restantes membros finalizam dizendo estar certos de que, “seja nos tribunais ou numa futura Assembleia Geral de sócios (porque são eles o maior ativo do clube)”, será “feita justiça”.

Na quinta-feira, a CF do Sporting decidiu a suspensão por um ano do ex-presidente Bruno de Carvalho, também candidato, e 10 meses para os restantes elementos da direção, à exceção de Luís Roque, todos a contas com processos disciplinares.

O Conselho Diretivo foi destituído em Assembleia Geral extraordinária, em 23 de junho, com 71 por cento dos votos, no seguimento de dias agitados na vida do clube, que em 15 de maio viu a equipa de futebol ser agredida por adeptos na Academia de treino.

Com sucessivas demissões nos órgãos sociais, parte do Conselho Diretivo, com Bruno de Carvalho e Carlos Vieira, manteve-se em funções, até à sua destituição em Assembleia Geral.

Após a destituição o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Jaime Marta Soares – em rota de colisão com o CD -, marcou eleições para 08 de setembro.

Bruno de Carvalho e Carlos Vieira, agora suspensos, apresentaram-se como candidatos, em listas diferentes.

Na corrida estão ainda Fernando Tavares Pereira, João Benedito, Dias Ferreira, Pedro Madeira Rodrigues, José Maria Ricciardi, Frederico Varandas, e hoje apresentou-se também o advogado Rui Jorge Rego.

O empresário Zeferino Boal desistiu, entretanto, juntando-se à candidatura de José Maria Ricciardi.

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