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Carlos Carreiras lamenta que PSD não tenha “resgatado” o PS

O autarca Carlos Carreiras, antigo vice-presidente do PSD, lamentou que o partido não tenha anunciado, logo em março, que se iria abster na votação do Orçamento de Estado para 2021 (OE2021).

Figura histórica nos sociais-democratas, Carlos Carreira sustentou que o PS está “refém de posições do Partido Comunista e, essencialmente, do Bloco de Esquerda”, pelo que cabe ao PSD travar a inclinação do Governo para a esquerda.

“O PSD, logo no princípio da pandemia, devia ter assumido uma posição de se abster no Orçamento, sabendo que, independentemente de que Orçamento fosse, ir permitir que o PS não ficasse refém do PCP e do Bloco”, sustentou o presidente da Câmara de Cascais, para o ‘Irrevogável’, da revista Visão.

Ao garantir, logo em março, que não poderia haver uma maioria parlamentar a votar contra o OE2021, o PSD estaria também a exigir “a responsabilidade do próprio Partido Socialista”, considerando que o PS ‘empurra as culpas’ para o quadro parlamentar de maioria de esquerda.

“Há sempre uma desculpa possível, é sempre responsabilidade de uma situação de acordo com os outros partidos de esquerda”, sustentou o antigo presidente da distrital de Lisboa do PSD.

“Ao viabilizar a passagem do Orçamento, viabilizava também o resgatar do Partido Socialista a esse constrangimento”, insistiu.

Carlos Carreiras deixou um outro recado ao primeiro-ministro, António Costa, aconselhando-o a não ter “atitudes de fanfarronice em relação ao PSD”, depois do governante ter dito que “o Governo acabava no dia em que dependesse” dos sociais-democratas.

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