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Carga policial provoca reunião do MAI com Sindicato de Jornalistas

O Ministério da Administração Interna promete reunir com o Sindicato de Jornalistas e com os órgãos de informação, na próxima semana. Já a Inspeção da Administração Interna (IGAI) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) procederam à abertura de dois inquéritos, que pretendem apurar as circunstâncias em que ocorreram as agressões a dois fotojornalistas, da agência Lusa e da France Press, durante as manifestações no Chiado, em Lisboa. Hoje, realizou-se um protesto dos jornalistas, em solidariedade com o seus colegas de trabalho e contra a ação policial.

As agressões de agentes da PSP a dois fotojornalistas que cobriam a manifestação ontem em Lisboa, em dia de greve geral, suscitaram a abertura de dois inquéritos, por parte do IGAI e da PSP, com a finalidade de averiguar o procedimento dos agentes em causa.

Também o Ministério da Administração Interna tomou diligências para evitar que agressões a profissionais de comunicação se repitam, num cenário de manifestação e revolta popular. Num comunicado, o MAI revela que “convidará Sindicato dos Jornalistas e diretores de órgãos de comunicação social” para a realização de reuniões.

Estes encontros têm como finalidade tomar medidas que permitam “evitar ocorrências idênticas” em manifestações onde os populares se juntam a jornalistas e fotojornalistas que estejam a fazer a cobertura desses eventos.

As reuniões do MAI não invalidam os inquéritos levados a cabo pela PSP e IGAI, nem interferem nesses mesmos processos de averiguação, segundo refere o comunicado. O ministério da tutela pretende “conciliar a ordem pública” com o “direito à informação”.

Este episódio de agressões da PSP aos jornalistas geraram reações por parte da PSP e da Lusa. Em declarações à Antena 1, a subcomissária da PSP Carla Duarte argumenta que as vítimas de agressões foram confundidas com manifestantes. “Dois seriam jornalistas, mas não tinham qualquer colete ou identificação”, refere a subcomissária.

Já em declarações à TSF, o comissário Fábio Castro aponta o dedo aos repórteres. “A Polícia de Segurança Pública tem alertado para a necessidade de uma identificação visual por parte dos jornalistas”, adverte.

No entanto, a Lusa defende-se e garante que todos os jornalistas ou fotojornalistas que estejam no exercício de funções “estão devidamente identificados”. Aquela agência noticiosa já fez saber que irá apresentar queixa contra a PSP.

Este incidente já provocou uma reação política, com o Bloco de Esquerda a apelidar a intervenção policial de “violência gratuita” e a exigir ao ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que preste esclarecimentos no Parlamento.

Entretanto, um grupo de 20 jornalistas quis manifestar solidariedade para com os seus colegas de profissão e organizou um protesto em frente à Direção Nacional da PSP, em Lisboa.

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