Economia

Carga movimentada nos portos portugueses aumenta 3,3 por cento até março

Os portos de Portugal Continental movimentaram mais 3,3 por cento de carga no primeiro trimestre deste ano, face ao mesmo período de 2018, atingindo quase 22,7 milhões de toneladas, divulgou hoje a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

De acordo com o relatório de acompanhamento da AMT, referente ao mês de março, o acréscimo corresponde a uma variação global de cerca de 725 mil toneladas.

O porto mais determinante para este desempenho foi Sines que cresceu 642 mil toneladas, correspondente a uma subida de 5,8 por cento, e que, com o apoio significativo de Leixões, que movimentou 235 mil toneladas (mais 5,3 por cento), e menos expressivo de Setúbal (mais 83 mil toneladas ou 4,9 por cento), Viana do Castelo (mais 18 mil toneladas ou 19,5 por cento) e Faro (mais 3 mil toneladas ou 23,5 por cento).

As subidas anularam as quebras verificadas em Lisboa (menos 177 mil toneladas, correspondentes a uma queda de 6,2 por cento), Aveiro (menos 60 mil toneladas ou menos 1,4 por cento) e Figueira da Foz (menos 19 mil toneladas ou uma descida de 12,6 por cento).

A AMT destaca o facto de Leixões registar a melhor marca de sempre nos períodos homólogos, ultrapassando o registo de 2017 e de Sines manter uma quota de mercado maioritária absoluta de 51,6 por cento, seguido de Leixões com 20,5 por cento e Lisboa com 11,9 por cento.

Em termos globais, a tipologia de carga que maior efeito teve para este desempenho positivo foi a carga contentorizada, com uma subida de 10,2 por cento para 793 mil toneladas.

No primeiro trimestre de 2019 o movimento de navios, independentemente da sua tipologia e das operações realizadas, traduz-se por 2.511 escalas, superior em 0,9 por cento ao período homólogo anterior, e por um volume de arqueação bruta de quase 47,8 milhões, que reflete um acréscimo de 10 por cento e representa o volume mais elevado de sempre por efeito dos portos de Douro e Leixões, Aveiro e Setúbal que registam igual marca.

Segundo a AMT, o aumento do número de escalas deve-se fundamentalmente aos portos de Sines e de Setúbal, com acréscimos de 5,3 por cento e de 4,2 por cento (27 e 16 escalas respetivamente), que com o apoio ligeiro de Viana do Castelo, Douro e Leixões e Faro (com mais cinco escalas no seu conjunto), anularam a diminuição do número de escalas verificadas em Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa e Portimão (com menos 26 escalas no seu conjunto).

Os portos que integram o sistema portuário do Continente apresentam naturalmente quotas distintas relativamente ao número de escalas efetuadas, destacando-se Leixões, Lisboa e Sines com 24,1 por cento, 22,3 por cento e 21,3 por cento, seguido de Setúbal com 16 por cento e Aveiro com 9,8 por cento.

Os portos que no primeiro trimestre de 2019 registaram um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, e que, por esse motivo, podem ser considerados como tendo um perfil exportador, foram, como tem sido habitual, Viana do Castelo, em que o rácio entre a carga embarcada e o total de carga movimentada se situou em 60,6 por cento, Figueira da Foz, com 70,5 por cento, Setúbal, com 52,3 por cento, e Faro, com 100 por cento.

Faro apresenta, no entanto, uma quota residual de 0,2 por cento do volume total de carga embarcada, sendo que no conjunto dos quatro portos se atinge uma quota de carga embarcada de 14,4 por cento (dos quais 10,2 por cento respeitam a Setúbal).

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