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Capturado no Brasil narcotraficante colombiano procurado pela Interpol

O narcotraficante colombiano Guillermo Amaya Ñungo, que era procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), foi capturado para fins de extradição na cidade brasileira de Fortaleza, informaram hoje as autoridades.

Amaya Ñungo foi detido na terça-feira na capital do Estado do Ceará por agentes da Polícia Federal, cumprindo uma ordem de captura emitida pelo juiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido das autoridades norte-americanas, que solicitaram a sua extradição.

“O detido foi condenado por liderar uma grande rede de tráfico de drogas na Colômbia e, além de ser procurado no seu país de origem, era um fugitivo da justiça dos Estados Unidos da América e também foi processado por tráfico de drogas em Nicarágua”, disse a Polícia Federal em comunicado.

Segundo as autoridades, “Amaya Ñungo permanecerá no sistema penitenciário do Ceará até que o STF, que já foi informado da sua captura, decida o seu destino”.

As autoridades brasileiras desconhecem, de momento, se Amaya Ñungo estava a fazer atividades criminosas no Brasil e, de acordo com fontes policiais consultadas pela agência Efe, investiga-se se há também uma ligação entre o detido e as redes de colombianos que emprestam dinheiro de forma ilegal e extorsão na região.

No passado 03 de setembro, uma operação com 123 agentes da Polícia Civil do Ceará desmantelou uma rede de credores ilegais e deteve 11 colombianos que operavam em Fortaleza, Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, além de confiscar automóveis, motocicletas, telemóveis e cerca de cinco mil dólares (cerca de 4.500 euros).

As autoridades suspeitam de que o dinheiro proveniente do narcotráfico na Colômbia financie as redes de credores ilegais que operam praticamente em todo o território brasileiro, administradas por colombianos.

Além disso, no Estado do Ceará, onde Amaya Ñungo foi capturado, registou-se um aumento de 288,7 por cento da quantidade de cocaína apreendida durante os primeiros oito meses do ano, em comparação com o período homólogo de 2018, segundo um balanço da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social.

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