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Capitães de Abril resolvem “problema”: Falam no Largo do Carmo e ignoram Parlamento

salgueiro maia 210salgueiro maia bigO “problema deles” foi resolvido: os militares agendaram uma “intervenção crítica” para o Largo do Carmo, à mesma hora a que o Parlamento realiza a sessão solene do 25 de Abril. Será “uma evocação a Salgueiro Maia”, salienta um comunicado da Associação 25 de Abril.

Assunção Esteves tinha dito que “o problema é deles”, dos militares que pretendiam usar da palavra no 25 de Abril, e “eles” resolveram-no: vão falar à mesma hora que os políticos.

Às 11 horas do próximo dia 25 de abril, uma hora depois da sessão solene na Assembleia da República que vai reunir os deputados e as figuras da Nação, os militares vão reunir no Largo do Carmo.

“A direção da Associação 25 de Abril informa que decidiu levar a efeito uma evocação a Salgueiro Maia, nela personificando a homenagem a todos os militares de Abril, no Largo do Carmo, no dia 25 de Abril às 11h00, evento para o qual desafia toda a população”, refere o comunicado da associação.

É a resposta dos militares ao Parlamento, que rejeitou o pedido da associação para intervir na sessão solene. Será, segundo Vasco Lourenço, uma “intervenção crítica”.

Foi desse desencontro de vontades que surgiu a afirmação polémica de Assunção Esteves. Perante a insistência dos jornalistas, a presidente da Assembleia da República respondeu que “o problema é deles”, dos militares.

Ao marcarem a concentração para as 11h00, os militares esperam dividir as atenções públicas com as duas mais altas figuras da nação: Assunção Esteves e o Presidente Cavaco Silva devem começar a falar por volta dessa hora, depois das intervenções dos representantes dos grupos parlamentares.

“Como a vontade do Parlamento não correspondeu à iniciativa da dra. Assunção Esteves, mantendo-se a recusa em dar voz aos militares de Abril, a Direção da Associação reitera a decisão de não aceitação do convite” enviado pela Assembleia, salienta o mesmo comunicado.

No Largo do Carmo, o principal discurso caberá a Vasco Lourenço, o presidente da associação, que “proferirá uma intervenção de fundo na linha da que seria feita na sessão solene na Assembleia da República”.

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