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Caos na Amadora em recolha de bens essenciais para famílias carenciadas

Centenas de pessoas concentraram-se esta tarde junto a uma mesquita, na Amadora, formando filas para receberem bens essenciais e ignorando a regra sanitária do distanciamento.

Com a mesquita a oferecer auxílio em tempo de ramadão, centenas de pessoas foram buscar alimentos, com a maioria a não usar máscara, formando aglomerados que podem potenciar a transmissão do vírus da covid-19.

Muitas destas pessoas são ‘vítimas diretas’ da crise gerada pela pandemia, tendo perdido o trabalho.

Pontualmente, surgiram alguns focos de confusão que motivaram um reforço da presença das autoridades policiais.

“Estamos a falar de desemprego, de pessoas carenciadas, e por mais que se queira abrir ao mínimo a situação obriga que as pessoas queiram buscar algum apoio”, explicou o líder da comunidade muçulmana em Portugal, sheik David Munir, em declarações à TVI24.

Destacando a criação de uma equipa “para ir à casa das pessoas mais carenciadas”, o sheik David Munir apontou a “explosão” de pobreza criada pela pandemia, lembrando que esta entrega de alimentos pela mesquita é realizada todos os anos.

“As pessoas estão lá porque precisam, mas fazem questão de cobrir a face para que não se saiba da sua pobreza. O desespero existe, as pessoas vivem com muitas dificuldades”, realçou.

O líder da comunidade muçulmana elogiou o apoio das autoridades policiais no controlo das filas para a recolha de bens essenciais, lembrando os riscos para a saúde pública.

“Uma pessoa que esteja infetada pode contaminar centenas, que depois vão para casa ou a um supermercado e contaminam outras pessoas. Precisamos das autoridades para manter a ordem”, explicou.

O sheik David Munir lamentou que os responsáveis desta mesquita na Amadora não tenham antecipado o aumento da procura, procurando auxílio para a entrega dos bens essenciais junto às entidades municipais e outros organismos, como os bombeiros.

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