As candidaturas à liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI) podem ser apresentadas a partir de segunda-feira e até 06 de setembro, anunciou hoje a instituição, precisando que vai escolher o novo diretor-geral até 04 de outubro.
“O conselho executivo anunciou hoje que adotou um processo aberto, baseado no mérito e transparente para selecionar o próximo diretor-geral”, indicou o FMI em comunicado.
A atual diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, apresentou a sua demissão no passado dia 16, com efeitos a partir de 12 de setembro, para presidir ao Banco Central Europeu (BCE).
“A pessoa que ocupe o cargo de diretor-geral deve ter um percurso excecional no domínio da política económica a um nível de alta responsabilidade”, precisa o FMI. Deve também ter “reconhecida carreira profissional”, demonstrar “capacidade de gestão e aptidão diplomática” para dirigir uma instituição de envergadura mundial e ser oriunda de um dos 189 países membros da organização.
O FMI exige ainda “conhecimento do FMI e das questões de política económica com as quais são confrontados os países membros da instituição na sua diversidade”, provas de capacidade de objetividade e de imparcialidade e aptidão para comunicar com eficácia.
Se houver mais de três candidatos, o conselho executivo pré-selecionará três pessoas em função do apoio mais forte, “sem privilegiar qualquer região”, estando previstas audições em Washington.
O objetivo é que o diretor-geral seja escolhido por consenso, acrescenta o FMI.
Desde a sua criação em 1944, o FMI foi sempre liderado por um europeu, enquanto a liderança do Banco Mundial é ocupada por um norte-americano.
Na semana passada, o governo francês anunciou que vai coordenar os trabalhos na Europa para que seja apresentado um único candidato à sucessão de Lagarde.
O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, disse, no final de uma reunião do G7 em França, que se chegou a acordo sobre o processo de seleção, que consiste em procurar “uma candidatura europeia de consenso, que seja sólida, credível e que permita à Europa continuar a liderar o FMI”.
Na lista de possíveis candidatos têm sido apontados os nomes do ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, da ministra da Economia espanhola, Nadia Calviño, do holandês Jeroen Dijsselbloem, ex-presidente do Eurogrupo, do governador do banco central holandês, Olli Rehn, e da diretora-executiva do Banco Mundial, a búlgara Kristalina Georgieva.
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