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Candidatos paraquedistas moram num concelho e concorrem noutros

Os candidatos que caem de paraquedas, como antes dizia o povo, tornaram-se num fenómeno cada vez mais natural na paisagem política autárquica. Vitórias como as de Ribau Esteves, de Ílhavo para Aveiro, e Basílio Horta, de Lisboa para Sintra, ajudaram a normalizar o impacto. Ter um presidente ‘de fora’ já não é visto como um estigma.

Os próprios candidatos que emigram em termos concelhios assumem essa condição sem qualquer dramatismo, como num apanhado hoje feito pelo Diário de Notícias. São candidatos que não podem votar neles mesmos.

Ribau Esteves será o caso mais conhecido desta política migratória, no duplo sentido da expressão. O mediatismo ganho ao presidir à Câmara da terra natal, Ílhavo, permitiu-lhe concorrer a Aveiro quando esgotou os três mandatos consecutivos possíveis. E ganhou.

Agora, Ribau Esteves (PSD) vive em Ílhavo e trabalha (como presidente) na Câmara de Aveiro.

Outro exemplo bem conhecido volta a concorrer à Câmara de Sintra, apesar de residir em Lisboa.

Basílio Horta, o fundador do CDS que concorreu pelo PS em 2013, ganhou a Câmara de Sintra e desde então que gasta “15 minutos” entre casa, em Lisboa, e o trabalho, no concelho vizinho.

A CDU também tem candidatos na mesma situação. Heloísa Apolónia é candidata em Oeiras, apesar de viver no município vizinho da Amadora.

No CDS há um candidato que assume em pleno a condição de “paraquedista de Lisboa” em Monforte, no Alentejo. Nas declarações ao DN, Pedro Ferreira de Carvalho explicou que tem um contacto “quase permanente” com a população da autarquia a que concorre e que diz conhecer “há 30 anos”.

O Bloco de Esquerda, refere o DN, não forneceu casos para este apanhado.

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