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Cancro do pulmão: Em Portugal, a cada dia surgem dez casos novos

tabaco Durante o dia de hoje vão ser diagnosticados dez novos casos de cancro do pulmão. É uma estatística e também um sinal de alerta sobre uma doença cuja mortalidade se mantém “muito elevada”. A principal culpa está no tabaco, dizem os especialistas.

É apenas uma estatística, mas o valor que revela impressiona: por dia, em Portugal, são diagnosticados dez novos casos de cancro do pulmão.

O tema regressa à agenda mediática no dia em que arranca o Congresso Português do Cancro do Pulmão.

Citado pela Lusa, o presidente do grupo de estudos do congresso, Fernando Barata, avança que só este ano devem ser registados 4000 novos casos, em especial por culpa do tabaco.

“É um reflexo dos hábitos tabágicos que se manifestam em toda a Europa”, salientou.

Numa análise por género, os especialistas constataram que o aumento tem-se verificado entre as mulheres, uma vez que a situação nos homens tem estabilizado.

Fernando Barata ressalva a existência de “avanços importantes” no combate à doença, em especial na medicação para as fases mais avançadas, o que levou a uma duplicação da sobrevivência.

“Há 10 anos, um doente destes teria uma sobrevivência de 10 meses e hoje consegue-se uma sobrevivência de quase dois anos”, comparou.

O problema, segundo o pneumologista, é que a taxa de mortalidade continua “muito elevada”, o que se deve sobretudo ao diagnóstico tardio.

“É muitas vezes um cancro assintomático e chega-nos já muitas vezes em formas muito avançadas e com metástases”, explicou o médico que dirige o do serviço de Pneumologia B do Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

A cinco anos, a taxa de sobrevivência ronda entre os 15 e os 18 por cento.

Fernando Barata lembrou ainda outra consequência: com o aumento dos casos, são também mais numerosos – e custosos – os internamentos hospitalares.

O principal culpado é o fumo do tabaco: as estimativas apontam para que seja responsável por 90 por cento das mortes nos homens e 80 por cento nas mulheres.

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