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Cancro da próstata: disparar balas de ouro ajuda a diminuir o tamanho das células até 80 por cento

balas ouroA cura para o cancro da próstata pode estar em balas de ouro. Uma investigação conduzida nos EUA demonstrou que esta nanotecnologia radioativa, revestida por uma substância presente no chá, pode encolher os tumores até 80 por cento, sem efeitos colaterais.

Os investigadores da Universidade de Missouri-Columbia, nos EUA, chamam-lhe balas de ouro. O termo demonstra o quão valiosa esta nanotecnologia promete ser, em especial na luta contra o cancro da próstata. Um estudo demonstrou que um conjunto de nanopartículas radioativas de ouro, quando ‘disparadas’ sobre o tumor em ratos de laboratório, fizeram as células cancerosas diminuir até 80 por cento.

“Durante a investigação, descobrimos que uma substância que se encontra no chá era atraída para as células cancerosas. Quando combinados, a substância ajudou a ‘entregar’ as nanopartículas de ouro radioativas no local dos tumores e as nanopartículas destruíram as as células cancerosas de uma forma muito eficiente”, explicou o professor Kattesh Katti, que coordenou o estudo.

“Por causa do tamanho e da substância encontrada no chá, as nanopartículas permanecem nas células cancerosas, o que ajuda as nanopartículas a manter um elevado grau de eficácia e contribuiu para redução significativa do volume do tumor no prazo de 28 dias”, acrescentou o investigador.

A investigação foi destacada no jornal Daily Mail, que lembrou a incidência do cancro da próstata como o mais comum nos britânicos, matando mais de 10 mil homens por ano. A outra grande novidade deste estudo é a ausência de efeitos colaterais: pelo menos nos ratos, não foi detetada qualquer contraindicação.

As terapias de radiação existentes para o cancro da próstata podem provocar problemas nos tecidos circundantes, como lembrou Cathy Cutler, outro investigador ligado à descoberta: “a terapia atual para o cancro da próstata não é eficaz em pacientes que têm tumores agressivos. Na maioria das vezes, os tumores são de crescimento lento, mas a doença espalha-se agressivamente para outras partes do corpo, sendo a segunda maior causa de morte por cancro em homens norte-americanos”.

A nanotecnologia vai agora ser testada em cães e, comprovada uma eficácia igual à que ocorreu com os ratinhos, os investigadores vão iniciar o processo necessário à realização de ensaios clínicos com humanos.

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