Nas Notícias

Cancro: Aspirina e anti-inflamatórios não esteróides abrandam mutações das células

aspirinaOs anti-inflamatórios não esteróides, como a conhecida Aspirina, reduzem o ritmo com que as células sofrem mutações. Um estudo conduzido nos EUA demonstrou que o abrandamento pode chegar aos 90 por cento e confirma que estes medicamentos reduzem o risco de cancro.

Uma equipa de cientistas do Centro de Evolução e Cancro da Universidade da Califórnia, de São Francisco (EUA), comprovou que os anti-inflamatórios não esteróides, como a conhecida Aspirina, diminuem o risco de cancro. Através de uma investigação com células do esófago, os cientistas comprovaram que estes medicamentos abrandam a velocidade das mutações somáticas no genoma, um problema de ADN que influencia o crescimento descontrolado das células.

De acordo com o The New York Times, os investigadores acompanharam 13 pessoas com esófago de Barrett (uma doença que danifica as células do esófago, sobretudo através de refluxos gastroesofágicos), com biópsias regulares, ao longo de um período médio de 12 anos. O estudo demonstrou que o uso de inflamatórios não esteróides proporcionou uma redução de 90 por cento na taxa de mutações.

“Usamos nos humanos as técnicas usadas para medir a taxa de mutação de vírus como o HIV. Medimos pedaços inteiros de cromossomas que estão a ser removidos ou copiados”, explicou Carlo Maleyo, diretor do Centro de Evolução e Cancro e principal autor do estudo.

A escolha de pacientes com esófago de Barrett não foi inocente: os danos provocados tornam as células do esófago pré-cancerosas. Contudo, Carlo Maleyo adianta que a população estudada era limitada e que é urgente realizar um novo ensaio, mas com mais pacientes.

Em destaque

Subir