País

ONU diz ser “pouco provável” que o glifosato cause cancro através da alimentação (estudo)

glifosatoA licença para utilização de glifosato na União Europeia pode ser revogada, mas antes de qualquer decisão oficial surgiu um estudo das Nações Unidas a considerar “pouco provável” que esta substância, usada para matar ervas daninhas, possa provocar cancro através da alimentação.

Quais são, afinal, os riscos do glifosato? Os peritos em saúde não se entendem e, numa altura em que a União Europeia pondera proibir o uso deste herbicida, a ONU deu a conhecer um relatório que contraria um outro estudo apresentado, em março, pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

De acordo com o documento da FAO, a agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, é “pouco provável que o glifosato provoque um risco cancerígeno nos humanos expostos através da alimentação”.

Curiosamente, este estudo contou com a participação de técnicos da OMS, a mesma entidade que em março alertou para o “risco provável” da exposição a esta substância para a saúde humana.

Contradição? Não, já veio a OMS explicar-se: o “risco provável” ocorre nos casos de exposição muito forte ao glifosato, enquanto o “pouco provável” refere-se à ingestão da substância em produtos alimentares.

O documento da ONU e da OMS foi revelado numa altura em que a União Europeia debate a possível revogação da licença para utilização de glifosato no espaço comunitário.

Em Portugal, onde circula uma petição (já com mais de 15 mil assinaturas) a defender a proibição do uso de glifosato, várias organizações e movimentos têm feito intervenções públicas em defesa da proibição da venda de pesticidas com a polémica substância.

Em destaque

Subir