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Campanha antitabágica “reduz mulher a dois estereótipos”, contesta a Capazes

Há uma nova reação à campanha antitabágica lançada pela Direção-Geral de Saúde. A plataforma Capazes apresentou queixa, na Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, por entender que a campanha reduz a mulher “a dois estereótipos de género”.

A posição da plataforma feminista vem na linha da argumentação já invocada por Isabel Moreira e pelo Bloco de Esquerda.

Em comunicado, a Capazes alegou que a campanha ‘Uma princesa não fuma!’ “reduz a mulher a dois estereótipos de género, promovendo a discriminação em função do género”.

“Sendo admissível que se crie uma campanha antitabágica especialmente dirigida às mulheres, já não é admissível que a campanha recorra aos dois estereótipos mais redutores da mulher – a menina princesa e a mulher mãe – para o fazer”.

A plataforma sustentou ainda que “os mesmos dados estatísticos” apresentados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) no lançamento da iniciativa, demonstram que “o consumo de tabaco, nas mulheres, verifica-se no grupo com maior taxa de escolaridade”, pelo que é “muito duvidoso que a campanha atinga o público-alvo”.

Além das dúvidas, a Capazes sustenta que a campanha antitabágica “aposta na chantagem emocional da mulher fumadora”, em vez de apostar numa “sensibilização positiva”.

Com a queixa, a plataforma pretende que a campanha seja “removida do espaço público”.

A DGS já tinha argumentado, através de Graça Freitas, que a iniciativa tem “um enquadramento epidemiológico”, ou seja, é direcionada para “as mulheres adolescentes, porque são as que estão a fumar mais”.

Veja o vídeo que espoletou a polémica.

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