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Camboja proíbe apanha de Pokémons no memorial do genocídio

Uma antiga prisão em Phnom Penh, onde milhares foram torturados e assassinados, virou paragem obrigatória para quem joga o Pokémon GO. Tamanho desrespeito levou o Camboja a proibir o jogo junto do que agora é o memorial do genocídio.

O Pokémon GO chegou no sábado ao Camboja e não tardaram a surgir os primeiros incidentes.

A prisão de Tuol Sleng, conhecida pelo nome de código S-21, foi convertida no Museu do Genocídio, onde são evocadas as mais de 15 mil vítimas dos Khmer Vermelhos. Mas as filas não servem para prestar respeito à memória dos mortos.

O local tornou-se numa romaria porque é um dos locais onde mais facilmente se apanham pokémons.

“Os guardas estão de prontidão e os turistas que apareçam com iPhones ou iPads e estejam com esse jogo serão convidados a retirarem-se”, avisou o diretor do Museu do Genocídio, Chhay Visoth.

“Este é um local de pesar, não um lugar para jogos”, frisou.

Desde sábado, quando o Pokémon GO ficou disponível no país, que grupos de adolescentes e jovens têm invadido a antiga prisão de Tuol Sleng, dando origem a casos de entrada em zonas de acesso restrito, roubos e trocas de agressões.

“É um insulto às almas das vítimas”, criticou Bou Meng, de 76 anos e um dos poucos sobreviventes do terror da S-21.

As imagens da antiga prisão e centro de tortura, a que muitos chamavam “Escola da Morte”, podem impressionar os espectadores.

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