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Fontinha: Câmara Municipal do Porto chumba em assembleia projeto para os ativistas do Es.Col.A

camara_portoUma proposta do PCP e do Bloco de Esquerda apresentada na Assembleia Municipal do Porto, para apoiar o projeto Es.Col.A, foi chumbada pelos deputados daquele município. Os ativistas continuam a manifestar-se contra a decisão da Câmara do Porto, liderada por Rui Rio, que despejou o grupo da Escola da Fontinha e limitou a ação do projeto. Gaia poderá acolher o Es.Col.A.

Por maioria, o projeto do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português – que pretendia contrariar a decisão de Rui Rio e apoiar o projeto de caráter social que era desenvolvido na Escola da Fontinha – foi chumbado, em Assembleia Municipal que decorreu na Câmara do Porto.

Os deputados da Assembleia Municipal, no entanto, não aprovaram o ‘realojamento’ do coletivo Es.Col.A, que permanece sem instalações para levar a cabo as diversas iniciativas de apoio à comunidade, de caráter social, recreativo e cultural, dirigidas à população carenciada do bairro da Fontinha.

Deste modo, o projeto social continua sem espaço para desenvolver as suas atividades, numa altura em que surgem ecos de que a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia poderá acolher o movimento, despejado por Rui Rio da Fontinha. Na próxima quarta-feira, o assunto deverá ser debatido, numa reunião em Gaia.

Recorde-se que os ativistas do Es.Col.A foram despejados da escola da Fontinha. A autorização para ocupar aquele espaço terminara em março e, não obstante o trabalho realizado em favor da comunidade local, a Câmara Municipal do Porto não renovou do acordo, o que levou a PSP a cumprir a ordem de despejo.

O Es.Col.A ocupava o espaço (que lhe pertence ao município), no âmbito de um projeto de reabilitação do edifício e de dinamização sociocultural do bairro. Falhado o acordo com a Câmara do Porto para a continuidade da iniciativa, as autoridades procederam a um despejo que gerou controvérsia.

Em comunicado, a Câmara do Porto questionou, entretanto, “se o movimento estará realmente interessado em promover qualquer atividade comunitária, ou apenas em provocar distúrbios e desafiar as instituições”. A autarquia acredita nesta segunda hipótese, em virtude de um “vídeo ameaçador” divulgado na Internet.

Após um comunicado da autarquia, os membros do coletivo reuniram em assembleia geral, no largo da Fontinha, para decidir como reagir à condição de projeto ‘sem-abrigo’, a que o Es.Col.A está sujeito, depois da ordem de despejo determinada pela Câmara do Porto e levada a cabo pela Polícia Municipal. Rui Rio acabou por ser o alvo da ira.

Perante este cenário, e numa decisão que resulta de inconformismo, os ativistas decidiram manter o projeto vivo, sendo que diversas ações de protesto vão decorrer, nos próximos tempos. Os próximos passos do coletivo resumem-se numa ideia: “Não dar descanso à Câmara”.

E o líder da edilidade, Rui Rio, é o principal visado nesta revolta dos ativistas do Es.Col.A. Algumas ideias mais radicais apontam a casa de Rio como alvo de um protesto, com os revoltosos a sugerir que a residência do autarca seja vedada com tijolos.

Entre as propostas desta assembleia, ouviram-se ideias que apontam no sentido de ocupar outra casa devoluta do centro histórico da cidade do Porto. Unânime foi a ideia de que diversas ações de contestação decorram em locais como a autarquia de Rui Rio.

Esta divergência conheceu ontem um avanço, com a Assembleia Municipal do Porto, de maioria PSD, cujos deputados chumbaram propostas do Bloco de Esquerda e do PCP, que tinham como ponto central o apoio ao movimento, que pretende levar a cabo diversas ações de caráter social e comunitário, na Escola da Fontinha.

Rio não cede e o projeto pode passar para o outro lado do rio, se o município de Gaia receber a ação social.

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