A Câmara de Marvão candidatou a vila a Património Mundial, mas o presidente não gostou das reações da oposição e admite referendar a decisão. Victor Frutuoso quer auscultar a população e, se esta o desejar, admite retirar a candidatura.

A vila de Marvão pode ser elevada a Património Mundial, mas para que continue nessa ‘corrida’ a população terá de manifestar o apoio à candidatura. A decisão parte da Câmara Municipal, cujo presidente não gostou da reação de alguns políticos da oposição, nem de comentários publicados na internet, e admitiu deixar a decisão final ao povo.

Victor Frutuoso anunciou, em declarações à Rádio Portalegre, que pretende referendar a candidatura e, se a população se manifestar contra, abandonar a intenção. O autarca considera que o projeto seria “uma mais-valia” para Marvão e que “seria de pouco senso” abdicar da candidatura, mas pretende entregar a decisão à população.

Esta não é a primeira vez que a vila de Marvão tenta ser reconhecida como Património da Humanidade. Uma primeira candidatura, iniciada em 1996, acabou por ser retirada na sequência dum parecer negativo, já em 2006. No ano passado, em fevereiro, a Câmara iniciou nova candidatura, agora coordenada por Ray Bondin, embaixador de Malta na UNESCO e presidente do Comité Internacional das Cidades Históricas, organismo integrado no Conselho Mundial de Monumentos e Sítios.