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Câmara de Almada diz que “não há solução imediata” para o Garcia de Orta

A presidente da Câmara de Almada afirmou hoje que não saiu “descansada” da reunião com a ministra da Saúde, porque “não há uma solução imediata” para resolver a falta de pediatras no Hospital Garcia de Orta.

“Não podemos sair daqui muito descansados porque, para já, no curto prazo, não há uma solução imediata para esta situação”, afirmou Inês de Medeiros (PS), em declarações aos jornalistas, no Ministério da Saúde, em Lisboa.

Na reunião de hoje, a ministra da Saúde, Marta Temido, comunicou quais os esforços que têm sido feitos para contratar novos profissionais, mas a autarca considerou que, “para um hospital tão fundamental como o Garcia de Orta, é insuficiente”.

Segundo Inês de Medeiros, o Governo continua a procurar especialistas em pediatria e não está a excluir “nenhum tipo de contratação”, incluindo a prestação de serviços e concursos nacionais e internacionais.

A presidente da Câmara de Almada, no distrito de Setúbal, não adiantou, porém, se a unidade hospitalar vai passar a encerrar todas as noites, a partir de domingo.

“A senhora ministra a seguir vai dar uma conferência de imprensa e cabe-lhe anunciar publicamente o que vai acontecer”, afirmou.

Na semana passada, a Comissão de Utentes do Seixal reuniu-se com a administração do Garcia de Orta e adiantou à Lusa que a urgência pediátrica iria passar a encerrar todas as noites, a partir de domingo, “pelo menos, durante o prazo de seis meses”.

Em conferência de imprensa, no mesmo dia, o presidente do conselho de administração do hospital, Luís Amaro, não confirmou o encerramento do serviço, mas admitiu que “é uma das possibilidades que está em cima da mesa”.

A urgência pediátrica já tinha fechado por diversas vezes em outubro devido à falta de especialistas, levando o hospital a implementar um modelo de encerramento no período noturno aos fins de semana, até domingo.

A falta de pediatras no Garcia de Orta afeta o hospital há mais de um ano, quando saíram 13 profissionais e, segundo o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, nem o lançamento de concursos foi suficiente para colmatar a carência porque “ninguém concorreu”.

Atualmente, trabalham 28 médicos no serviço de pediatria, dos quais só sete fazem urgência e apenas quatro podem fazer noites porque têm menos do que 55 anos.

Em 26 de outubro, o presidente do Hospital Garcia de Orta informou que a urgência pediátrica deve normalizar “daqui a seis meses”, depois do lançamento de um novo concurso e do preenchimento das três vagas por contratação direta, autorizadas pelo Ministério da Saúde.

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