Categorias: Economia

Cahora Bassa mais perto de Moçambique após acordo “confortável” para Portugal

Portugal confirmou a existência de um acordo para a venda da participação que ainda detém na barragem de Cahora Bassa a Moçambique. O valor é “confortável”, segundo o primeiro-ministro, que se encontra numa visita oficial de dois dias à antiga colónia portuguesa.

A Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) está mais perto de ser totalmente moçambicana. O país africano conseguiu chegar hoje a um entendimento com Portugal para a transferência da participação que subsiste em mãos nacionais. “Foi possível, depois de bastante tempo, chegar a um entendimento quanto à alienação dos 15 por cento que Portugal ainda detinha sobre a HCB”, adiantou o primeiro-ministro português, Passos Coelho.

O governante, que se encontra numa visita oficial de dois dias a Moçambique, recusou-se a confirmar o valor do negócio que envolve uma participação de 15 por cento, cuja venda é feita em duas fases. Para já, será vendida uma fatia de 7,5 por cento por um montante “confortável para Portugal”, enquanto os restantes 7,5 por cento serão transferidos para a REN, empresa que “irá converter essa participação, num futuro de muito curto prazo, numa empresa congénere que vai ser agora constituída”.

Essa empresa a constituir irá “estruturar todas as ligações elétricas” em Moçambique, liderando “em particular um projeto muito importante conhecido em Moçambique como espinha dorsal”. Em causa está o Projeto de Desenvolvimento Regional de Transporte de Energia entre o Centro e o Sul (CESUL), com início de atividade previsto para 2017 e que visa levar a energia produzida na HCB para o sul do país.

Este projeto, avaliado em 2,5 mil milhões de dólares, visa consolidar duas redes de alta tensão entre Tete e Maputo/Matola. As projeções tornam este investimento muito apetecível, pelo que vários pretendentes se têm apresentado: França, Noruega, Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Europeu de Investimentos, REN e Eletrobras.

A participação de 7,5 por cento que restará a Portugal, representado pela REN, deverá ser vendida antes de 2015. O negócio de hoje foi situado “dentro do valor da avaliação que foi feita com alguma antecedência”, segundo Passos Coelho. Os valores estimados apresentam alguma variação: 38,75 milhões de euros para a Parpública, 32 milhões segundo o jornal moçambicano Savana. Os analistas acreditam que a venda terá sido feita por cerca de 30,5 milhões de euros.

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