O cancro do útero pode ser prevenido com o consumo de café, segundo indica um estudo levado a cabo na Universidade de Harvard, nos EUA. A vasta pesquisa, que analisou, ao longo de 26 anos, mais de 67 mil mulheres com idades compreendidas entre 34 e 59 anos, permitiu associar o consumo de café a uma diminuição de casos de cancro.

O consumo de café está associado a uma redução da incidência do cancro do útero, revela uma pesquisa norte-americana, que acompanhou 67 470 mulheres, com idades compreendidas entre os 34 e os 59 anos, ao longo de mais de 20 anos – entre 1980 e 2006.

Os investigadores, que recolheram informações sobre estilos de vida, hábitos alimentares e historial médico, descobriram que as mulheres que bebiam menos de uma chávena por dia enfrentam um risco 25 por cento superior de padecer deste tipo de cancro, em comparação com aquelas que consumiam maior quantidade de café.

Os indicadores deste estudo sugerem que quatro ou mais chávenas de café por dia representam menor risco de cancro. No entanto, a adição de açúcar, leite ou outras substâncias podem diluir estes potenciais benefícios.

A principal responsável pela investigação, Younjin Je, estudante na Universidade de Harvard, não recomenda, no entanto, “o consumo do café com a finalidade de reduzir este tipo de cancro do útero”. Mas há um facto incontornável: “Não existe qualquer efeito negativo do café, que pode, pelo contrário, trazer benefícios para a saúde”.

Younjin Je explica que as substâncias do café permitem “controlar níveis de estrogénio e de insulina de forma positiva para o organismo”. Ficou por determinar quais as substâncias do café que aparentam reduzir os riscos de cancro do útero.

O cancro do útero mata 8000 pessoas anualmente, nos EUA, com 46 mil novos casos detetados por ano, segundo dados do National Cancer Institute.

Recentemente, um outro estudo veio associar o consumo do café com a redução da depressão nas mulheres.