O corpo de James Foley, o refém norte-americano decapitado em agosto pelo Estado Islâmico, pode estar à venda. De acordo com o BuzzFeed News, o movimento jihadista estará a pedir cerca de um milhão de dólares nas negociações com a família do jornalista e com o Governo dos EUA.
O cadáver de James Foley pode valer um milhão de dólares. De acordo com o BuzzFeed News, é este o valor que o Estado Islâmico (ISIS, na sigla internacional) está a pedir para, alegadamente, ‘devolver’ os restos mortais do jornalista decapitado em agosto.
Segundo as três fontes do site, o movimento jihadista estará em negociações com o Governo dos EUA (país que defende uma política de não negociar reféns) e com a própria família do jornalista.
Embora as declarações coincidam no sentido da venda, diferem nos motivos: uma das fontes, alegadamente um elemento do ISIS, explicou que a devolução do corpo permitirá “ajudar” a família de Foley a fazer o luto.
Porém, outra das três fontes citadas identificou-se como “ um homem de negócios” e referiu-se ao assunto assim mesmo: como um negócio, uma fonte de financiamento para o ISIS (até porque, como o jornalista está morto, não é abrangido pela política norte-americana de não negociar reféns).
Dos 23 reféns que o grupo manteve na Síria, 15 foram libertados após os governos dos países de origem terem aceitado pagar os resgates, em valores não confirmados mas que, não oficialmente, são referidos como “avultados”.
As três fontes coincidem ainda no ‘modelo de negócio’: depois de efetuado o pagamento, o cadáver de James Foley seria levado para a Turquia, onde seria entregue ao comprador.
Um comentador citado pelo BuzzFeed News não acredita, porém, que os EUA aceitem a ‘sugestão’ do ISIS: “Seria uma vergonha para o Governo norte-americano. As pessoas vão perguntar porque é que se trouxe o corpo, mas não se salvou o jornalista enquanto estava vivo”.
Recorde-se que o jornalista norte-americano foi o primeiro refém do ISIS cuja decapitação foi divulgada como propaganda do ISIS.