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Cabo Verde quer renováveis a garantir mais de metade das necessidades até 2030

O Governo de Cabo Verde prevê cobrir, até 2030, mais de metade das necessidades energéticas do país com energias renováveis, reduzindo a dependência do exterior e de combustíveis fósseis, segundo o plano diretor para o setor, hoje apresentado.

Em declarações aos jornalistas, o ministro da Indústria, Comércio e Energia de Cabo Verde, Alexandre Monteiro, disse que o plano é um “instrumento importante” para a implementação do programa nacional para a sustentabilidade energética.

“Vai ser um instrumento de orientação das decisões que irão ser tomadas, quer em termos de introdução de novas capacidades, sobretudo na área de energias renováveis, níveis de penetração em termos técnico e economicamente viável por ilha assim como também os investimentos estratégicos necessários para que possamos conseguir os objetivos que constam no programa do Governo”, afirmou o ministro.

No curto prazo, Alexandre Monteiro disse que a aposta é aumentar dos atuais cerca de 20 por cento para 30 por cento de penetração de energias renováveis, mas que até 2030 o objetivo é ultrapassar os 50 por cento de energias limpas na rede.

“Isso numa perspetiva de equilíbrio e viabilidade económica”, salientou o ministro, afirmando que o Governo pretende aumentar os níveis de penetração da energia renovável, desde que consiga compensações para que não haja agravamento do custo da eletricidade.

O cenário mais otimista do plano prevê uma penetração de energias renováveis de 53,5 por cento em 2030, estimando o custo da implementação de todos os projetos em cerca de 780 milhões de euros.

Até 2021, o ministro estimou que os investimentos deverão rondar os 127 milhões de euros e que até 2030, que é o horizonte do plano, os 400 milhões de euros.

Alexandre Monteiro informou ainda que o plano será apresentado no próximo mês aos parceiros, durante uma conferência internacional que o Governo organiza em Paris, para promover o país e mobilizar financiamentos para os seus projetos de desenvolvimento.

Indicando que outro dos objetivos é reduzir a dependência externa, o ministro notou que há necessidade de o país fazer “investimentos estratégicos” na rede e nos sistemas de armazenagem de energia.

O plano pretende promover o desenvolvimento de energias renováveis, eficiência energética, fomento de microprodução de energia para autoconsumo, onde algumas ações já estão em curso em algumas ilhas.

Relativamente à eficiência energética, o ministro informou que esta semana foi iniciada, na cidade da Praia, a substituição de todo o sistema atual pelo sistema LED, o que vai proporcionar melhor qualidade na eliminação pública e com menos consumo de energia.

Dentro de dois anos, o governante prevê que todos os postos de iluminação pública do país sejam com lâmpadas LED.

O Plano Diretor do Setor Energético começou a ser elaborado em 2017 por 11 peritos de cinco países diferentes, e com financiamento da União Europeia (UE).

A embaixadora da União Europeia em Cabo Verde, Sofia Moreira de Sousa, garantiu que após a validação final, a UE vai ajudar o país na mobilização recursos e implementação do documento.

Lusa

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