Cabo Verde está preparado para “qualquer cenário” neste ano agrícola

O primeiro-ministro de Cabo Verde afirmou hoje que o país está preparado para “qualquer cenário” neste ano agrícola, embora se mostre esperançoso de que mais chuva evite gastos elevados, como os registados no ano passado, devido à seca.

Ulisses Correia e Silva falava aos jornalistas antes de inaugurar a sessão dedicada ao Dia Mundial da Alimentação, que decorreu na cidade da Praia, ilha de Santiago.

“Estamos preparados para qualquer que seja o cenário. Este ano choveu, ainda esperamos mais chuvas, mas estaremos prontos, como o fizemos no ano passado, quando tivemos um ano agrícola muito mau”, disse.

O chefe de Governo espera para este ano “uma produção agrícola melhor”, que evite o recurso “ao mesmo volume de instrumentos, que foi elevado, no ano passado”.

Sobre o tema da efeméride, Ulisses Correia e Silva disse que “Cabo Verde é hoje um país que não tem o espetro da fome”.

Contudo, reconheceu a existência de “vulnerabilidades muito elevadas”, nomeadamente por causa da exposição do país “a choques e catástrofes naturais”.

“Mas tudo está conjugado para darmos resposta à alimentação, mas à qualidade da alimentação”, prosseguiu.

Na mensagem elaborada para o Dia Mundial da Alimentação, o Governo de Cabo Verde assumiu como um desafio a desnutrição crónica, a pré-obesidade infantil e a anemia: “As fomes em Cabo Verde fazem parte do passado e as situações de insegurança alimentar e nutricional têm tido uma trajetória de redução constante e considerável”.

A desnutrição crónica atinge aproximadamente 10 por cento das crianças menores de cinco anos em Cabo Verde, e a pré-obesidade infantil, que afeta 10,3 por cento, é agravada pelo facto de 52 por cento das crianças menores de cinco anos sofrerem de anemia.

Trata-se de desafios que “não são opcionais” para o Governo de Cabo Verde, que aponta os apelos das Nações Unidas para “uma melhor coordenação na realização das políticas e estratégias definidas”.

Por seu lado, o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Cabo Verde, Mariano Salazar Castellón, sublinhou a importância da segurança alimentar e nutricional.

“Cabo Verde tem de assegurar que os alimentos processados industrialmente, disponíveis por exemplo nos supermercados, constituem uma opção saudável para a população, em termos de ingestão de sal e açúcar, por exemplo”, disse.

Mariano Salazar Castellón aproveitou para elogiar a iniciativa da Presidência da República na luta contra o alcoolismo, que recentemente lhe valeu um prémio internacional.

Lusa

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Etiquetas: ÁfricaCabo Verde

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