Na Austrália, a polícia efetuou buscas à casa de Craig Wright, ‘denunciado’ por várias revistas de tecnologia como o criador da moeda virtual Bitcoin. As autoridades asseguram que a inspeção à residência, em Sidnei, “não está associada com a reportagem sobre bitcoins”.

Será que Craig Wright, da Austrália, é a verdadeira identidade de Satoshi Nakamoto, o japonês de quem se diz ser o criador da moeda virtual Bitcoin?

A polícia australiana suspeita que sim, mas não o revela publicamente. No entanto, as buscas hoje realizadas à casa de Craig Wright, que vive em Sidnei, foram realizadas após várias revistas tecnológicas, como a Wired e a Gizmodo, terem ‘denunciado’ o australiano de 44 anos como o verdadeiro criador dos bitcoins.

“Só há duas possibilidades”, garantiu a Wired: “Ou é o inventor da Bitcoin ou é um brincalhão que nos levou a acreditar que era. Tudo aponta para Wright, mas, apesar das fortes evidências, ainda não podemos afirmar com toda a garantia que o mistério foi resolvido”.

É que saber quem é na verdade Satoshi Nakamoto tem sido um caso “traiçoeiro”, com lembrou a Gizmodo.

Até o El País frisou o mesmo: “Publicações como The New York Times, Fast Company e The New Yorker tentaram, sem êxito, descobrir a verdadeira identidade”.

A polícia federal australiana desviou o assunto, com um dos agentes envolvidos a responder que estavam “a limpar a casa”. A nível oficial, um comunicado assegurava que “a presença na propriedade do sr. Wright não está associada com a reportagem sobre bitcoins”.

Essas reportagens foram baseadas, como revelou a Gizmodo, numa “série de emails anónimos de alguém que assegurava não só conhecer a verdadeira identidade de Nakamoto como ter trabalhado para ele”.

Esses emails, segundo a revista, foram enviados “no início do mês passado”.

Desde 2008 que as autoridades tentam identificar o criador da Bitcoin, uma moeda virtual que já começou a ser aceite por empresas ‘reais’, como a gigante Microsoft.

As bitcoins foram criadas, segundo Satoshi Nakamoto, para ‘fugir’ ao controlo económico dos bancos e das suas comissões e para preservar a privacidade das transacções.