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Bullying: Professor rapa o cabelo por aluno doente e a turma faz o mesmo

professor 210professor rapa cabeloPor solidariedade com um aluno que estava a ser vítima de bullying, por estar careca devido a uma doença rara, um professor iraniano rapou o cabelo. Perante o gesto, toda a turma fez o mesmo. O bullying parou, o docente foi homenageado e o aluno vai receber apoio financeiro.

O professor Ali Mohammadian é o novo herói nacional do Irão. O docente rapou o cabelo em solidariedade com Mahan Rahimi, um aluno de oito anos que estava a ser vítima de bullying, pois estava a ficar careca devido a uma doença rara. O jornal Guardian conta que toda a turma, ao perceber o ato do professor, fez o mesmo.

“Estou muito feliz que isto tenha tocado tantos corações e as pessoas tenham reagido tão positivamente. Todos na escola querem rapar o cabelo”, comentou Mohammadian, de 45 anos, que recebeu uma chamada do Presidente iraniano, Hassan Rouhani, a felicitá-lo pela atitude.

Com a união da turma, o aluno deixou de ser vítima de bullying. Ainda assim, a história tornou-se viral e está longe de ter um fim: o Governo anunciou que vai ajudar o menino com um apoio financeiro para o tratamento da doença.

“As nossas mentes são sensíveis ao cabelo. Mahan estava a isolar-se depois de ter perdido o cabelo, perdera o sorriso e eu fiquei preocupado com o desenvolvimento escolar dele. Foi assim que pensei em rapar o cabelo para o ajudar a voltar a encontrar um rumo”, escreveu o professor, numa fotografia no Facebook onde aparece com o menino, estado ambos carecas.

Quando soube da intenção dos restantes 23 alunos, Ali Mohammadian pediu-lhes que esperassem pelo final do inverno. “Quando voltei a entrar na sala de aula vi que já todos tinham rapado o cabelo”, contou o docente.

Pai de duas meninas e um rapaz, o professor acrescentou ao Guardian que há milhões de crianças que enfrentam problemas tanto ou mais graves ainda do que o bullying: “em lugares como Síria, Iraque e Sudão, há crianças a morrer todos os dias. Em locais como o Paquistão e a Índia, o trabalho infantil é visto como normal. Estou extremamente preocupado com os horrores que essas crianças vivem diariamente”.

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