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Bruxelas veta fusão entre ThyssenKrupp e Tata por temer aumento no preço de aço

A Comissão Europeia vetou hoje a fusão entre a siderúrgica alemã ThyssenKrupp e a indiana Tata Steel, por considerar que a concentração entre as duas empresas reduziria a competitividade e aumentaria os preços de diferentes tipos de aço.

“Sem soluções para debelar as nossas sérias preocupações no âmbito da concorrência, a concentração entre a Tata Steel e a ThyssenKrupp teria resultado em preços mais elevados, pelo que proibimos a fusão para evitar um prejuízo grave às indústrias e consumidores europeus”, sustentou a comissária da Concorrência, Margrete Vestager.

A decisão hoje anunciada resulta de uma investigação aprofundada, lançada pelo executivo comunitário em outubro passado, com vista a avaliar o impacto que uma fusão entre dois dos maiores produtores de aço do Espaço Económico Europeu (EEE) poderia ter na concorrência do setor na União Europeia.

A investigação concluiu que a operação teria reduzido o número de fornecedores disponíveis e provocado um aumento dos preços dos produtos de aço de revestimento metálico e laminado para embalagens, assim como dos produtos em aço galvanizado destinado ao setor automóvel, e que os compradores também não conseguiriam importar de países terceiros para “compensar as potenciais subidas de preços induzidas pelo projeto de concentração”.

“A Comissão concluiu que, no mercado do aço de revestimento metálico e laminado para embalagens e no do aço galvanizado para o setor automóvel, a pressão concorrencial exercida por outros operadores e por importações de países terceiros não seria suficiente para garantir o exercício de uma concorrência efetiva”, frisou o executivo em comunicado.

O executivo comunitário considera “chave” o setor siderúrgico, que emprega umas 360.000 pessoas na União Europeia, e argumenta que a decisão de hoje “preserva o exercício da concorrência efetiva nos mercados siderúrgicos europeus e a competitividade no setor”.

O veto à concentração entre os dois grupos permitirá, segundo Bruxelas, que os consumidores europeus possam continuar a usufruir de “produtos enlatados acessíveis” e que “a indústria europeia do automóvel possa abastecer-se de aço a preços competitivos no Espaço Económico Europeu”.

A ThyssenKrupp e a Tata Steel são, respetivamente, o segundo e o terceiro maiores produtores de aço de carbono no EEE, com ambas as empresas a serem grandes produtoras de aço de revestimento metálico e laminado para embalagens e no do aço galvanizado para o setor automóvel.

Em 10 de maio, o grupo industrial alemão já tinha antecipado o fracasso do projeto de concentração com a Tata, excluindo fazer mais concessões a Bruxelas para conseguir ‘luz verde’ para o negócio e anunciando um “novo programa de reestruturação” que iria suprimir 6.000 postos de trabalho no mundo, 4.000 dos quais na Alemanha.

Lusa

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