Economia

Bruxelas salienta que não está a pensar num segundo resgate a Portugal, seja “brando” ou “cautelar”

olli rehnA Comissão Europeia reagiu à notícia do El País e assegura que “hão há negociações em curso” para um segundo resgate, seja “brando” ou “cautelar”, a Portugal. “Avaliaremos as opções apropriadas para facilitar uma saída suave quando chegar a altura”, adianta o porta-voz Simon O’Connor.

O jornal espanhol El País garante que a Comissão Europeia (CE) já está a negociar com Portugal “uma linha de crédito de precaução” para impedir uma escalada dos juros no regresso aos mercados após o final do programa da troika. Simon O’Connor, porta-voz da CE para os Assuntos Económicos e Monetários, já reagiu à notícia: “não há negociações em curso nesta altura”.

A hipótese de “uma linha de crédito de reserva” para auxiliar Portugal no momento de regressar aos mercados, assim que termine a assistência da troika, foi primeiramente abordado pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. O apoio, em formato de “resgate brando” ou de “programa cautelar”, até poderá ocorrer, mas no momento oportuno.  “A altura não é agora”, insistiu O’Connor.

“Avaliaremos as opções apropriadas para facilitar uma saída suave de Portugal do programa quando chegar a altura”, reforçou o porta-voz de Olli Rehn, comissário para os Assuntos Económicos e Monetários. Essas opções poderão ser canalizadas através do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), entidade que substituirá o Fundo Monetário Internacional (FMI) e tornará a troika exclusivamente europeia, avançou ainda o El País.

Segundo o jornal espanhol, caberá a este fundo de socorro da zona euro suportar Portugal no regresso ao financiamento nos mercados, através de um resgate “brando”, com as exigências de auteridade a serem menos gravosas, e permitindo ao Banco Central Europeu retomar o programa de compra ilimitada de dívida portuguesa através do mercado secundário.

A questão da assistência no pós-troika regressa à agenda europeia após a crise política, que levou os juros cobrados às obrigações nacionais a voltarem a ultrapassar os sete por cento, a barreira que levou o então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, a pedir o resgate à troika.

Em destaque

Subir