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Bruxelas lamenta anúncio de retirada dos EUA do tratado de armas

A União Europeia lamentou hoje o anúncio pelos Estados Unidos de retirar o seu apoio ao Tratado da ONU sobre o Comércio de Armas Convencionais e deixou claro que continuará a encorajar todos os países a aderir ao documento.

“A decisão dos EUA de revogar a sua assinatura [do tratado] não contribuirá para os esforços para fomentar a transparência do comércio internacional de armas, prevenir o tráfico ilícito e combater o desvio de armas convencionais”, indicou uma fonte da União Europeia (UE), num comunicado.

A União Europeia “continuará a pedir a todos os Estados, e em particular, aos principais exportadores e importadores de armas, que adiram ao Tratado de Comércio de Armas sem demora”, acrescentou.

Os Estados-membros “apoiam firmemente” este pacto, que “é um instrumento multilateral chave para fortalecer a responsabilidade e a transparência do comércio internacional de armas e prevenir e erradicar o comércio ilícito, contribuindo assim para os esforços internacionais para garantir a paz, a segurança e a estabilidade”, considerou.

Por conseguinte, todos os Estados-membros “aderiram” e “estão determinados a perseguir os seus objetivos e a sua ratificação e aplicação universal”.

O comércio de armas desregulado, segundo a UE, “continua a causar grande sofrimento em muitas partes do mundo, alimentando os conflitos, o terrorismo e o crime organizado”.

“Armas pequenas e ligeiras matam cerca de 500.000 pessoas todos os anos, além das vítimas de outras armas convencionais”, lembrou a UE.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou em 26 de abril que revogará o ‘status’ de seu país como signatário do Tratado sobre o Comércio de Armas Convencionais, assinado por mais de 100 nações, e que regulamenta o intercâmbio global de armamentos, munições e aviões e navios de combate.

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