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Bruno Senna quer lutar pelo título no WEC deste ano

Apesar do mundo estar em sobressalto, devido à pandemia de Covid-19, Bruno Senna quer lutar pelo título no Campeonato do Mundo de Resistência (WEC) deste ano.

O piloto brasileiro da Rebellion espera poder lutar face à Toyota nas três corridas que ainda faltam disputar, apesar da incerteza que paira sobre a conclusão do campeonato.

Com o complexo sistema de handicaps, criado para dar a privados como a equipa suíça a Ginetta a possibilidade de lutar contra o favorito construtor japonês na categoria superior (LMP1), a Rebellion pôde ‘bater o pé’ à Toyota em Austin (Texas), onde conseguiu a vitória com Senna, Gustavo Menezes e Norman Nato e também a ‘pole-position’ na qualificação.

No entanto o piloto de São Paulo considera que o sistema de handicap serviu apenas para aumentar a diferença entre as duas melhores equipas dos LMP1, deixando Toyota e Rebellion dominaram as corridas quando entrou em vigor em Fuji.

“Tem sido uma época bastante estranha, devido ao handicap de performance”, referiu Bruno Senna em declarações ao podcast do WEC, salientando: “Foi às vezes demasiado forte para um ou demasiado forte para outro. Claro que é melhor do que apenas um carro ganhar todas as corridas”.

“Mas toda a gente na Rebellion diz que quer apenas ganhar de forma justa. Não teremos ser tão rápidos que os Toyota não tenham hipóteses. Queremos verdadeira competição. Penso que no Bahrain nos foi tirada a hipótese pela Ginetta ao empurrem-me para fora da pista na curva dois. Teria sido engraçado correr contra os Toyota”, observa também o brasileiro.

Senna repete que a temporada tem sido atípica: “A maioria das corridas ou têm sido muito fortes para a Toyota ou muito fortes para nós. O que para mim é uma pena, para ser honesto. De qualquer forma espeto ter um carro equilibrado. Algum equilíbrio entre nós iria permitir uma boa corrida para os fãs. Não estamos a correr verdadeiramente entre nós, e obviamente competição é o que toda a gente quer”.

Para o piloto de São Paulo as provas que faltam disputar serão decisivas, esperando que em Spa e no Bahrain exista mais equilíbrio entre Rebellion e Toyota, muito embora admita que Le Mans possa ser uma prova aborrecida na ausência de handicaps de sucesso.

Na prova belga o Toyota # 7, que lidera o campeonato, irá competir com 3,52s por volta, enquanto o Rebellion # 1 terá 1,58s por volta, daí que Bruno Senna ‘aposte as suas fichas’ na corrida disputada na pista das Ardenas.
“Penso que Spa pode ser uma corrida interessante e conseguir um pouco mais de handicap de performance. Acho que é uma boa pista para o nosso carro. Tem sobretudo curvas de alta velocidade e eu gosto disso. Espero que tenhamos uma boa luta com a Toyota”, considera o piloto de São Paulo.

Para Le Mans diz que é uma questão “de toda a gente correr o mais depressa que puder”, reiterando: “Não temos uma hipótese real com a Toyota. Talvez seja outra prova aborrecida, mas gostava que existisse mais equilíbrio. E o Bahrain no final do ano poderá ser bastante interessante se tudo correr como o planeado”.

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