Desporto

Bruno Mascarenhas demite-se da direção do Sporting

Bruno Mascarenhas demitiu-se da direção do Sporting, sendo o primeiro dirigente remunerado desta administração a fazê-lo na sequência da crise que se instalou em Alvalade. Se mais dois dirigentes se demitirem… Bruno de Carvalho cai.

Mascarenhas – que era um dirigente remunerado da direção executiva – apresentou o pedido de demissão e agora a direção de Bruno de Carvalho fica dependente da perda do quórum se mais dois diretores apresentarem demissão.

“Nestes momentos muito difíceis que atravessamos, apelo a que mantenham a calma e evitem tomadas de posição. Os órgãos sociais dos núcleos representam o Sporting e os seus associados localmente e por isso têm uma responsabilidade acrescida”, lê-se na missiva assinada pelo responsável pelo pelouro da expansão e núcleos do clube.

“Foram cinco anos muito importantes para o Sporting e tenho a consciência do trabalho realizado. A família dos núcleos aproximou-se e a entreajuda entre todos é hoje assumida como algo natural. A lealdade comigo e com o presidente Bruno de Carvalho, o terem assumido esta cruzada e o empenho que dedicam ao Sporting no vosso dia-a-dia é algo que não esqueço nem nunca esquecerei”, prosseguiu.

Bruno Mascarenhas era vogal da direção do Sporting.

Nesta altura, Bruno de Carvalho tem apenas um vice-presidente e cinco vogais.

Dos 13 membros eleitos, seis já pediram a demissão.

Como está a direção eleita do Sporting no último ato eleitoral:

Presidente: Bruno de Carvalho

Vice-presidente: Carlos Vieira

Vice-presidente: Vicente Moura (pediu demissão em maio de 2017)

Vice-presidente: António Rebelo (pediu a demissão nesta semana)

Vogal: Bruno Mascarenhas (pediu a demissão nesta semana)

Vogal: Luís Loureiro (pediu a demissão nesta semana)

Vogal: Rui Caeiro

Vogal: Alexandre Godinho

Vogal: Luís Gestas

Vogal: Luís Roque

Vogal: José Quintela

Vogal suplente: Rita Matos (pediu a demissão nesta semana)

Vogal suplente: Jorge Sanches (pediu a demissão nesta semana)

De acordo com o ponto 37.º dos estatutos do Sporting, “constituem causa de cessação do mandato da totalidade dos titulares do respetivo órgão social”, quando ocorre com a cessação do mandato da maioria dos membros do Conselho Diretivo.

Foram eleitos para este órgão o presidente Bruno de Carvalho, os vice-presidentes Carlos Vieira e António Rebelo e os vogais Rui Caeiro, Bruno Mascarenhas, José Quintela, Alexandre Godinho, Luís Roque, Luís Gestas e Luís Loureiro.

A polémica que envolve o Sporting agravou-se nos últimos dias, depois da derrota da equipa de futebol no domingo, no último jogo da I Liga de futebol, frente ao Marítimo, que fez o clube de Alvalade perder o segundo lugar para o Benfica.

Antes do primeiro treino para a final da Taça de Portugal, em que o Sporting defronta o Desportivo das Aves, a equipa de futebol foi atacada na academia de Alcochete, na terça-feira, por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos e jogadores. A GNR deteve 23 dos atacantes.

Paralelamente, a Polícia Judiciária deteve na quarta-feira quatro pessoas na sequência de denúncias de alegada corrupção em jogos de andebol, incluindo o diretor desportivo do futebol, André Geraldes, que foi libertado sob caução e impedido de exercer funções desportivas.

O cenário agravou-se com as demissões na quinta-feira da Mesa da Assembleia Geral, em bloco, e da maioria dos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar, instando o presidente do Sporting a seguir o seu exemplo, mas Bruno de Carvalho anunciou ao fim do dia que se irá manter no cargo.

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