Desporto

Bruno de Carvalho ouvido no DCIAP de Lisboa

Bruno de Carvalho apresentou-se voluntariamente no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de Lisboa, nesta quinta-feira, para prestar esclarecimentos no âmbito de processos onde o seu nome terá sido envolvido.

De acordo com o jornal Record, que cita fonte do antigo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho deslocou-se ao DCIAP para esclarecer situações relacionadas com o scouting e o ataque à Academia de Alcochete.

Esta ida de Bruno de Carvalho acontece após a detenção de Bruno Jacinto, antigo funcionário do Sporting, que foi ouvido em primeiro inquérito judicial e que ficou em prisão preventiva.

O antigo presidente dos leões quis ser assistente no processo do ataque à Academia de Alcochete mas o pedido foi recusado.

O ex-dirigente do Sporting presta esclarecimentos na justiça no dia em que, de acordo com o Correio da Manhã, é suspeito de ter instigado o ataque a Rui Patrício, no último dérbi entre Sporting e Benfica, realizado no Estádio de Alvalade, quando o internacional português foi vítima do arremesso de várias tochas verdes, provenientes da bancada onde estavam as claques do clube leonino.

No dia 15 de maio passado, poucos dias depois deste episódio com Rui Patrício, recorde-se, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos, jogadores e ‘staff’.

Esta iniciativa de Bruno de Carvalho ocorre um dia depois de o funcionário do Sporting Bruno Jacinto ter sido ouvido em primeiro inquérito judicial, no âmbito do mesmo processo, e ter ficado em prisão preventiva.

Detido na terça-feira, Bruno Jacinto, que na altura das ocorrências era oficial de ligação aos adeptos, está indiciado, entre outros, pela prática, em coautoria, de mais de 20 crimes de ameaça agravada, 12 crimes de ofensa à integridade, 20 crimes de sequestro e um crime de terrorismo.

Bruno Jacinto é já o 38.º elemento em prisão preventiva por alegado envolvimento nos incidentes de 15 de maio na academia do Sporting, em Alcochete, em que cerca de 40 alegados adeptos do clube, encapuzados, agrediram alguns jogadores, treinadores e ‘staff’.

Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão preventiva, entre eles o antigo líder da claque Juventude Leonina Fernando Mendes, são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.

Na sequência do ataque à Academia do Sporting, nove futebolistas rescindiram os contratos com o clube.

Rui Patrício, Rafael Leão, Daniel Podence, Gelson Martins e Ruben Ribeiro saíram em litígio com o Sporting e transferiram-se para outros clubes.

Bas Dost, Bruno Fernandes e Rodrigo Battaglia voltaram atrás na decisão de abandonar o Sporting, enquanto William Carvalho saiu para o Bétis, de Espanha, após acordo do clube espanhol com os ‘leões’.

Já no início deste mês, o Tribunal da Relação de Lisboa manteve em prisão preventiva oito dos suspeitos do ataque, revelou a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.

O Tribunal da Relação de Lisboa ainda tem de pronunciar-se sobre os restantes recursos interpostos pela maioria dos detidos neste processo.

Recorde como ficou o balneário dos leões após o ataque.

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