Desporto

Bruno de Carvalho comenta contratos de Benfica e FC Porto com NOS e Altice

O presidente do Sporting reagiu aos megacontratos assinados por Benfica e FC Porto, com NOS e Altice, respetivamente. Bruno de Carvalho só acreditará no que lê depois de ver os relatórios e contas dos clubes. Quanto ao Sporting, “tem muito povo” para rubricar um acordo de igual dimensão.

“Fico feliz de ver clubes com contratos desta dimensão, mas vamos ver depois nos relatórios e contas o que são estes contratos”, afirmou Bruno de Carvalho.

Depois dos contratos de cedência de direitos televisivos, por parte do Benfica, e de cedência de direitos televisivos, publicidade no estádio e nas camisolas, por parte do FC Porto, envolvendo verbas nunca vistas – na ordem dos 400 milhões no caso dos encarnados e de 457,5 milhões no caso dos dragões – é ‘obrigatório’ colocar a pergunta: e o Sporting?

Bruno de Carvalho dá a resposta. Em primeiro lugar, o dirigente lembra que o clube de Alvalade “ainda tem contrato” até 2018. “Estávamos expectantes para ver o que acontecia. E já vimos”, revela.

Mas numa aparente contradição, o dirigente levanta dúvidas sobre estes negócios de milhões e só acreditará no mérito dos mesmos depois de ver os relatórios e contas dos clubes.

“Interessa-nos mais o dinheiro que entra no Sporting do que fazer figuras de grandes negócios e, depois, o dinheiro não entra no clube”, salienta Bruno de Carvalho, quando confrontado com os negócios com NOS e Altice (MEO).

O presidente do Sporting, porém, acredita que irá conseguir valorizar o produto, subindo os valores do atual contrato com a PPTV, do Grupo Controlinveste. Esse acordo termina apenas em 2018, pelo que Bruno de Carvalho não tem “pressa” em fechar o dossier.

Somos 3,5 milhões de sportinguistas. É muito povo, muito cliente…”, dispara Bruno de Carvalho, visando os operadores, que “olham para o Sporting com o carinho e o respeito que o clube merece”.

Recorde-se que o FC Porto acaba de assinar um acordo de 457,5 milhões para um acordo alargado, com a Altice. Os dragões cedem os direitos televisivos dos 17 jogos em cada, durante as próximas 10 temporadas.

Mas não é tudo. Também cedem o exclusivo do Porto Canal e todos os espaços publicitários do Estádio do Dragão. E cedem o espaço frontal da publicidade nas camisolas, já a partir do próximo jogo.

Por seu turno, o Benfica fechou um acordo diferente com a NOS: apenas os direitos televisivos, por 400 milhões, durante 10 anos, já a partir da próxima temporada (os encarnados encaixam já 36 milhões de euros em 2016.

Antes, o Benfica fizera outro negócio de milhões, com a Emirates, para a publicidade nas camisolas. Segundo os valores tornados públicos, o clube encaixa cerca de oito milhões por época (num contrato que pode atingir novas fasquias, mediante objetivos).

O Sporting torna-se assim no único grande sem publicidade nas camisolas, a partir de janeiro de 2016.

Luís Filipe Vieira manteve os espaços publicitários na posse do clube, sendo que a venda do naming do Estádio do Sport Lisboa e Benfica (assim se chama o Estádio da Luz) poderá ser o negócio que se segue, num mundo do futebol onde a concorrência está aberta, o monopólio chegou ao fim e os clubes passam a encaixar milhões.

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