No Reino Unido, onde a contratação de uma mulher pode depender de esta usar saltos altos e maquilhagem, o Parlamento vai analisar as exigências dos empregadores.
A discussão surge na sequência da petição criada por Nicole Thorp, uma mulher que foi despedida quando se apresentou na famosa consultora PricewaterhouseCoopers sem saltos altos.
O documento, assinado por mais de 150 mil pessoas, revelou as exigências que os empregadores podem fazer ao nível do ‘dress code’, ou seja, o vestuário e a apresentação do trabalhador.
A lei permite que a contratação de uma mulher dependa, por exemplo, do uso de maquilhagem ou de saltos altos.
Porém, os homens não enfrentam as mesmas exigências ao nível da apresentação, como realçou a deputada Helen Jones.
“O que descobrimos chocou-nos”, comentou a eleita pelos trabalhistas: “Há atitudes que pertencem mais, eu ia dizer aos anos 1950, mas 1850 é capaz de ser mais adequado, do que ao século XXI”.
Outra deputada trabalhista, Gill Furniss, tornou público um caso pessoal: a filha era obrigada a usar saltos altos até ao dia em que sofreu uma fratura no pé.
“Não é preciso dizer que ela não voltou a este tipo de trabalho, mas nem toda a gente tem essa opção”, salientou Furniss.
No ano passado, a Comissão Parlamentar para as Mulheres e para Igualdade abriu um canal para denúncias: funcionou entre 8 e 15 de junho e recebeu 730 testemunhos.
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