O parlamento volta a debater na segunda-feira o processo da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e poderá forçar a discussão já na quarta-feira de alternativas ao Acordo negociado pelo governo com Bruxelas e chumbado duas vezes.
O plano está numa proposta de alteração à moção apresentada pelo governo na sequência da reprovação do Acordo de Saída a 12 de março por uma margem de 149 votos, e que vai ser debatida segunda-feira na Câmara dos Comuns.
A emenda subscrita pelos conservadores Oliver Letwin e Dominic Grieve e pelo trabalhista Hilary Benn pretende retirar ao governo a precedência no estabelecimento da agenda de trabalhos na Câmara dos Comuns na quarta-feira, “dada a necessidade de a Câmara debater e votar caminhos alternativos”.
O plano prevê que os deputados apresentem uma série de propostas com alternativas, as quais serão debatidas e votadas consecutivamente para saber se existe alguma que reúna o apoio de uma maioria de deputados.
Esta ideia de “votos indicativos” já tinha sido sugerida e rejeitada antes, mas o impasse no parlamento relativamente ao Brexit poderá permitir que seja validada desta vez.
O ministro do Gabinete, David Lidington, sugeriu que o governo poderia “tentar encontrar um processo que permita ao parlamento encontrar a sua maioria”, o que poderá fazer para não perder o controlo sobre o Brexit.
O partido Trabalhista também apresentou uma emenda semelhante, exortando o governo a dar tempo durante esta semana para discutir alternativas ao Acordo de Saída, nomeadamente o plano do ‘Labour’ para uma união aduaneira permanente com a UE, a que chama “Mercado Comum 2.0”, o qual seria confirmado por um novo referendo.
Os Liberais Democratas apresentaram uma emenda para o governo para adiar o Brexit por mais dois anos para ser realizado um novo referendo, enquanto que deputados do partido Conservador e do Partido Democrata Unionista (DUP, na sigla em inglês), da Irlanda do Norte, defendem, numa proposta de alteração, que o governo reafirme a intenção de sair da UE.
Existem ainda outros propostas para forçar o governo a apresentar os planos caso não o parlamento não consiga aprovar um acordo de saída antes de 12 de abril, nova data determinada pela União Europeia para o Brexit.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, pretendia submeter o Acordo de Saída a um terceiro voto no parlamento, mas a realização está em suspenso devido à falta de apoio do DUP e dos conservadores eurocéticos.
Hoje, May vai receber na residência de campo, o palácio de Chequers, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Boris Johnson e os eurocéticos Jacob Rees-Mogg, Dominic Raab e Iain Duncan Smith.
O desagrado dentro do governo e do partido Conservador com May continua a crescer, segundo a imprensa britânica, que dá conta de várias conspirações para a afastar do cargo.
O Sunday Times noticiou hoje que David Lidington, um pró-europeu, poderia assumir interinamente as funções, enquanto o Mail on Sunday afirma que o ministro do Ambiente, Michael Gove, é a “escolha de consenso” dos membros do governo adeptos do Brexit.
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