As contas públicas do Brasil registaram um défice primário de 14,4 mil milhões de reais (3,3 mil milhões de euros) no primeiro semestre do ano, o melhor resultado para o período desde 2015, anunciou hoje o Banco Central.
O défice primário público corresponde à superação dos gastos perante a arrecadação de impostos e contribuições do governo central, Estados, municípios e empresas estatais, sem levar em conta o pagamento de juros da dívida pública.
No mesmo período de 2017, o Brasil registou um défice público primário de 35,1 mil milhões de reais (8 mil milhões de euros).
O saldo negativo das contas públicas brasileiras de janeiro a junho foi causado principalmente pelo fraco desempenho do Governo central, que apresentou um défice de 28,7 mil milhões de reais (6,5 mil milhões de euros), enquanto os governos regionais e municipais, bem como empresas estatais registaram excedentes.
No acumulado em 12 meses até junho, o setor público consolidado brasileiro acumula um resultado negativo de 89,8 mil milhões de reais (20,5 mil milhões de euros), que representa 1,34 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
A meta estabelecida pelo Governo neste ano é um défice público de até 161,3 mil milhões de reais (36,9 mil milhões de euros).
O mesmo relatório também indicou que a dívida bruta do setor público brasileiro alcançou em junho passado o valor de 5,1 biliões de reais (1,1 biliões de euros), equivalente a 77,2 por cento do PIB do país.
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