O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou hoje em Buenos Aires que a associação do país à Nato, a par com o que já sucede com a Argentina, permite uma nova valorização geoestratégica do Atlântico Sul.
“Seria uma mudança enorme para a região se tivermos uma conexão com a NATO em termos de estabilidade, de segurança e de tecnologia”, afirmou Ernesto Araújo, numa palestra que realizou em Buenos Aires.
Em março, o Presidente norte-americano disse ao chefe de Estado brasileiro que o Brasil poderia ser um aliado externo da NATO, ou mesmo interno à organização, uma proposta que a França já rejeitou, recordando a estrutura geográfica do Tratado do Atlântico Norte.
Como exemplo de integração da América do Sul com o mundo ocidental, o ministro explicou que o Brasil pretende assumir a condição de aliado extra-Organização do Tratado do Atlântico Norte, um estatuto que a Argentina possui desde 1997.
“Há uma posição unilateral dos Estados Unidos de declarar o Brasil como um aliado extra-NATO, mas nas conversas já surgiu o interesse da parte americana de avançar para fazer uma aproximação do Brasil com a NATO”, sinalizou.
No total, há 17 países considerados aliados extra-NATO pelos Estados Unidos, que permite uma série de vantagens na compra de material militar e apoio financeiro, mas não constitui, ao contrário do que sucede com a NATO, um pacto de defesa mútua.
Para o ministro brasileiro, quando o Brasil e a Argentina entrarem na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) da qual já fazem parte o Chile e a Colômbia e quando o Brasil for um aliado extra-NATO, a par com a Argentina, surgirá um novo eixo: o “triângulo ocidental”.
“Com a OCDE e com a NATO desvia-se o eixo de uma aliança atlântica entre o oeste e o leste (Estados Unidos-Europa) para um eixo Norte-Sul, e se completa um triângulo ocidental Estados Unidos-Europa-América do Sul com Brasil, Argentina, mas também Chile e Colômbia”, analisou o diplomata.
Numa avaliação da situação da América do Sul, Ernesto Araújo alertou para a crise da Venezuela e para o encontro do Grupo de Lima no dia 15 em Santiago, no Chile, considerando que “é importante continuar a mobilização da comunidade internacional para que não haja um cansaço do negociador”.
“Tenho certeza de que virá um momento em que o governo de Juan Guaidó se tornará efetivo e que isso levará a eleições legítimas e a uma redemocratização da Venezuela”, disse.
No entanto, o ministro descartou uma intervenção militar: “Estamos convictos de que é possível chegar ao objetivo da instalação da democracia com o apoio da comunidade internacional sem esse tipo de ação (militar)”, concluiu.
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