O Governo brasileiro mostrou hoje interesse no apoio às empresas moçambicanas para aproveitarem as oportunidades que serão geradas pelos investimentos no gás natural, assinalando a importância da industrialização do país africano.
“O setor produtivo moçambicano pode contar com o Brasil”, declarou o embaixador do Brasil em Maputo, Carlos Puente, falando na II Conferência do Gás Brasil-Moçambique.
As autoridades e o empresariado brasileiro estão dispostos a cooperar com a contraparte moçambicana para que o país se envolva no desenvolvimento do setor de hidrocarbonetos, acrescentou Puente.
O secretário-permanente do Ministério dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Alfredo Rapete, assinalou que o país deve contar com um empresariado e mão-de-obra à altura de firmar parcerias com as multinacionais que vão desenvolver os projetos de gás natural no país.
“Os projetos no setor de gás natural em Moçambique impõem que o país conte com a experiência de países que lidam com este setor há muitos anos, como é o caso do Brasil”, declarou Rapete.
O empresariado moçambicano deve assegurar que o desenvolvimento dos projetos de gás natural impulsione o crescimento industrial do país.
“Mais do que as receitas fiscais que advirão do gás natural, é fundamental assegurar a industrialização do país”, frisou.
Alfredo Rapete assinalou que o investimento anunciado há duas semanas pelo consórcio liderado pela companhia norte-americana Anadarko prevê que 2,5 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros) serão destinados a bens e serviços a serem prestados pelo empresariado local.
O consórcio da Anadarko vai investir 25 mil milhões de dólares (22 mil milhões de euros) no desenvolvimento de uma fábrica de gás natural na bacia do Rovuma, norte de Moçambique.