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Braço armado da Renamo reúne-se hoje na Gorongosa para eleger “novo presidente”

A autoproclamada Junta Militar da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) reúne-se hoje na Gorongosa, no centro de Moçambique, com o objetivo de eleger um novo presidente do maior partido da oposição.

O braço armado da Renamo contesta a liderança de Ossufo Momade, que o major-general Mariano Nhongo acusa de estar ao serviço do Governo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) e de violar o espírito dos acordos de paz celebrados pelo líder histórico do partido opositor, Afonso Dhlakama, falecido em 2018.

No início do mês, o líder do braço armado da Renamo recusou entregar as armas no quadro do acordo de paz assinado com o Governo sem que seja eleito um novo presidente da formação política, o que o grupo pretende fazer na reunião de hoje.

O grupo exige a renúncia de Ossufo Momade, acusando-o de estar a “raptar e isolar” oficiais da Renamo que estiveram sempre ao lado do presidente do partido, Afonso Dhlakama, que morreu a 03 de maio do ano passado.

Na quinta-feira, o presidente da Renamo considerou que as contestações à sua liderança resultam da ação de um “grupo de desertores indisciplinados”, destacando a importância da paz, após ter acordado com o Governo moçambicano o fim dos confrontos.

“Quando fomos ao congresso, abrimos espaço para que todos se candidatassem. O congresso elegeu Ossufo Momade. Não é através de um grupo de desertores indisciplinados que vamos definir a nossa linha”, disse o líder, falando à imprensa após aterrar no Aeroporto Internacional de Maputo.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Ossufo Momade, assinaram, em 06 de agosto, em Maputo, o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional.

O Governo moçambicano e a Renamo já assinaram em 1992 um Acordo Geral de Paz, que pôs termo a 16 anos de guerra civil, mas que foi violado entre 2013 e 2014 por confrontos armados entre as duas partes, devido a diferendos relacionados com as eleições gerais.

Em 2014, as duas partes assinaram um outro acordo de cessação das hostilidades militares, que também voltou a ser violado até à declaração de tréguas por tempo indeterminado em 2016, mas sem um acordo formal.

Lusa

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