Economia

BPI reúne acionistas para aprovar contas e alargar administração

O BPI reúne hoje de manhã os acionistas em assembleia geral, no Porto, para aprovar as contas de 2017 e alargar a administração do banco, e apresenta à tarde os resultados relativos ao primeiro trimestre deste ano.

Pelas 09:30 arranca na Fundação de Serralves, no Porto, a assembleia-geral de acionistas que conta com nove pontos na ordem de trabalhos, desde logo deliberar sobre o relatório e contas de 2017 e a proposta de aplicação de resultados em reservas.

O BPI teve em 2017 um lucro consolidado de 10,2 milhões de euros, um recuo significativo face aos 313,2 milhões de euros registados em 2016, devido sobretudo aos impactos da redução da operação em Angola.

Entre os outros pontos, destaca-se a proposta do CaixaBank (o grupo bancário dono do BPI) para aumentar o número de membros do Conselho de Administração de 19 para 20 e a eleição para essa vaga de António José Cabral (que foi conselheiro do ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso).

Na proposta dada a conhecer em março, o CaixaBank diz que o Banco Central Europeu (BCE) já deu indicação ao BPI de que deve de futuro diminuir o Conselho de Administração, mas como o supervisor também recomenda aumentar o número de membros independentes o CaixaBank diz que considera esta recomendação “prioritária” e pede que seja aprovado o alargamento da administração de 19 para 20 membros para o mandato em curso (2017-2019).

Nos pontos em discussão na reunião magna de hoje está também a eleição dos membros do Conselho Fiscal, composto por quatro membros efetivos e dois suplentes.

O BPI propõe que o Conselho Fiscal seja presidido pelo ex-presidente da Autoridade da Concorrência Manuel Sebastião.

Para vice-presidentes do Conselho Fiscal, os nomes propostos são Rui Manuel Campos Guimarães (que até agora era presidente deste órgão de fiscalização do banco), Elsa Maria Roncon Santos (que entre 2011 e fevereiro passado foi diretora-geral do Tesouro e Finanças) e Ricardo Frias Pinheiro (que teve funções de gestão nas consultoras PwC e EY).

Os acionistas vão ainda deliberar sobre a política de remuneração dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, a cooptação de Maria de Fátima Bertoldi como administradora (após a renúncia de Juan Ramon Fuertes em outubro passado), a aquisição e alienação de ações próprias pelo BPI e de ações do BPI pelo CaixaBank e um voto de louvor aos órgãos sociais.

Já depois da assembleia-geral, hoje à tarde, o presidente do BPI, o espanhol Pablo Forero, apresenta os resultados do banco referentes ao primeiro trimestre do ano (janeiro a março) e deverá falar também das perspetivas para o futuro da instituição.

O BPI é desde início de 2017 controlado pelo grupo bancário espanhol Caixabank, após uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) em que ficou com uma participação de cerca de 85 por cento.

Na sequência dessa mudança, o espanhol Pablo Forero substituiu Fernando Ulrich como presidente do banco.

A 06 de abril, na assembleia-geral do grupo em Valência (Espanha), o presidente executivo do Caixabank, Gonzalo Górtazar, defendeu o reforço do posicionamento do BPI em Portugal, até aproveitando a melhoria da economia, definindo que este deve chegar a 2020 com uma rentabilidade superior a 10 por cento e uma eficiência de cerca de 50 por cento.

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